Conforme o Relatório do BTG, a Hypera postou outro conjunto de resultados sólidos no 3T22. O sellout orgânico de vendas de 17,3% a/a ficou em linha com as projeções do mercado. Embora reconhecidamente um pouco menor vs. segundo trimestre em meio a um cenário de inflação mais baixa.
Hypera tem crescimento impulsionado por um sólido desempenho em medicamentos prescritos
Segundo o BTG, o crescimento foi impulsionado por um sólido desempenho em medicamentos prescritos, impulsionado pelos recentes lançamentos em medicamentos para cardio e sistema nervoso central (SNC), enquanto a divisão de genéricos se beneficiou de um ritmo mais rápido de lançamentos e maior capacidade de produção. Outro destaque foi o mercado institucional, que totalizou R$ 101 milhões, porém abaixo dos R$ 128 milhões do 2T, devido a menores vendas de imunoglobulinas.
A receita líquida foi de R$ 2 bilhões, com margem bruta de 63,5%, refletindo um mix de vendas menos favorável.
Forte fluxo de caixa
De acordo com o BTG, as despesas de marketing foram de R$ 327 milhões. 16,1% da receita líquida, um aumento de 80bps a/a, impulsionado por sinergias operacionais de fusões e aquisições recentes e crescimento em “power brands” e no segmento de mercado institucional. As despesas com vendas também caíram 80bps a/a para 10,1% da receita líquida.
No entanto, as despesas gerais e administrativas aumentaram 50bps a/a para 4,1% da receita líquida. O EBITDA ajustado foi de R$ 724 milhões ,com margem ajustada de 35,5%, enquanto o lucro líquido das operações continuadas cresceu 1% a/a para R$ 470 milhões ,impactado por maiores despesas financeiras devido ao maior custo de captação e alavancagem financeira. A Hypera também apresentou forte fluxo de caixa operacional de R$ 677 milhões (+25% a/a).
Resultados resilientes em meio a tempos voláteis
Após outro conjunto de resultados sólidos, o BTG destaca que a administração reiterou sua confiança no guidance para 2022 ,mostrando seus resultados resilientes em meio a tempos voláteis no Brasil.
Contudo, uma maior participação nas vendas de genéricos e OTC implica margens brutas de longo prazo estruturalmente mais baixas em relação à sua média histórica, mas os analistas do BTG continuam otimistas devido a:
(i) crescimento potencial das aquisições de Buscopan, Buscofem, portfólio OTC e prescrição da Takeda, e as 12 marcas da Sanofi;
(ii) um forte pipeline de inovação; e
(iii) sua entrada no segmento institucional.
“Negociado a 16x P/L 23E (apesar de um desempenho positivo no acumulado do ano, com a HYPE3 +75%), continua sendo uma boa opção para investidores que buscam exposição a mais resiliência nos setores de consumo e varejo no curto prazo em meio a tempos voláteis para ações em crescimento“. Ressaltaram os analistas do BTG.