A Hospital Care, holding controlada pela gestora de private equity Crescera e pelos empresários Elie Horn e Julio Bozano, registrou pedido de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A emissão será primária e secundária.

O movimento foi impulsionado após o grande sucesso do IPO da Rede D’Or, a maior do setor na B3 até hoje; que teve a demanda três vezes superior ao tamanho da oferta.

Em 2020, a Hospital Care, já fundado há quatro anos, realizou o total de sete aquisições e chegou a um faturamento de R$ 1 bilhão. O grupo deve encerrar 2021 com uma receita de R$ 1,7 bilhão e 770 leitos hospitalares, segundo reportagem feita com a época. Este número de unidades de internação pode ainda dobrar devido a um investimento previsto pela companhia de R$ 270 milhões.

A destinação de recursos da oferta será dedicada à expansão das unidades já existentes e na compra de novos ativos, assim como aplicar em tecnologia. Já o que for levantado na oferta secundária será integralmente repassado aos acionistas vendedores.

Atualmente, a empresa atua fora do eixo Rio-São Paulo, mas pretende adquirir um hospital de alta complexidade na cidade onde vai iniciar operações; para depois construir uma rede de unidades de média e baixa complexidade ao redor.

Impacto: Positivo. A B3 vem enfrentando uma série de novas ofertas públicas após um cenário mais estável em termos de volatilidade. A oferta da Hospital Care é um movimento que, na nossa visão, faz muito sentido no momento atual, no qual existe a gigante Rede D’Or e possivelmente uma consolidação dos negócios da Notredame Intermédica e Hapvida, o que torna as barreiras de entrada muito altas no setor. Por isso, acreditamos que o aumento do número de ofertas dentro do setor de saúde possa virar mais frequente nos próximos meses, em meio às tentativas de outras empresas para ganhar escala e se tornar competitivas enquanto ainda há tempo.

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