Final de ano se aproxima e este será, provavelmente, meu último artigo em 2022. Pensei muito em qual tema escolher para compartilhar e logo veio em mente “saúde mental”.

Estamos vivenciando a última década com algumas experiências comportamentais muito diferentes, quando olhamos os últimos 40 anos. A população entendeu, definitivamente, que a prática de alguma atividade física é fundamental para termos um reflexo na saúde física e mental. Porém, como já sabemos, qualquer coisa em excesso pode trazer um efeito adverso.

Aprendemos a importância da atividade física para saúde física e mental, e agora estamos diante de mais um ciclo de aprendizado – o trabalho remoto. Digo, aprendizado, pois acredito que ainda não alcançamos o modelo ideal e o equilíbrio entre trabalho, casa e lazer. A falta do equilíbrio está causando muitos prejuízos à saúde mental de muitos profissionais.

Moro na cidade de São Paulo e quem mora aqui, sabe como é grande o temor da população quando o assunto é trânsito, agora, já imaginou o quanto este “temor” nos influenciou no momento da escolha trabalho remoto?

Imaginamos que trabalhar em casa seria uma utopia que incluiria fazer exercício nos intervalos de trabalho, preparar almoços saudáveis em casa e poder estudar facilmente. Mas, para muitos, a realidade é muito diferente.

Durante o trabalho remoto, perdemos as interações sociais — conversar no corredor, beber algo na cozinha cumprimentando alguém e perguntando sobre o fim de semana — Estes momentos, aparentemente sem importância, são essenciais, e estão causando um grande impacto sobre o nosso bem-estar.

Interação social faz bem à saúde mental

A falta das interações sociais que resulta no sentimento de solidão, não é o único problema causado pelo trabalho remoto, lidar com uma grande quantidade de chamadas de vídeo sem intervalos necessários para um “respiro”, está aumentando o nível de ansiedade, trazendo prejuízos a saúde mental.

Segundo, relatório New Future of Work , publicado pela Microsoft em 2022, os pesquisadores indicaram que, embora o trabalho remoto possa aumentar a satisfação profissional, ele pode também fazer com que os funcionários se sintam “socialmente isolados, culpados e tentem fazer compensações.

Mas, para muitos, o trabalho remoto trouxe muitos benefícios, principalmente para mulheres com filhos, que desfrutam de uma proximidade com seus filhos, que não seria possível se trabalhassem no escritório.

O fato é que estamos percebendo que o trabalho remoto não é a panaceia para a saúde mental, como vinha sendo anunciado.

Não há uma receita para o modelo ideal de trabalho. Seja qual for a sua escolha, o importante é estar atento aos exageros. Permita-se sociabilizar, relaxar, crie situações que possam propiciar estes momentos, e claro, descubra a sua válvula de escape – seja na acadêmica, no esporte ou no parque – atividade física ao ar livre faz muito bem, não deixe isso em segundo plano.

Claudia Dantas – CFO na Objective Group, com sólida experiência em FP&A, M&A e governança corporativa, especialista em gestão financeira em projetos nacionais e internacionais (Brasil, México e Estados Unidos). Graduada em Administração de Empresas, pós-graduada em Gestão de Negócios – FGV, MBA Executivo pela – FAAP e com formação pelo IBGC para atuar como Conselheira de Administração, Diretora de alianças Estratégicas W-CFO Brazil, Angel Investor e Conselheira Consultiva da Mulheres no Comando.
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