O Brasil necessita de investimentos em infraestrutura da ordem de R$ 3,7 trilhões nos próximos 10 anos. A projeção é de Luciana Costa, diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES – o banco de fomento do país.
“Historicamente, o crescimento da emissão de CO2 está ligado ao crescimento do PIB per capita, principalmente nas economias desenvolvidas. Essa é nossa grande dificuldade”, enfatiza a dirigente do banco, argumentando ainda que “sem reduções imediatas, rápidas e em grande escala nas emissões de gases de efeito estufa, limitar o aquecimento a 1,5° C pode ser impossível”.
Já a diretora a diretora de Mercado de Capitais e Finanças Sustentáveis do BNDES, Natália Dias, durante evento em São Paulo fez uma reflexão sobre o déficit mundial de financiamento e os desafios da agenda de transição ambiental para uma economia de baixo carbono.
“Se olharmos a pandemia da Covid e todos os desafios que ela colocou, temos hoje um gap de financiamento para implementar a Agenda 2030 da ONU de cerca de US$ 4 trilhões. No ritmo atual de investimentos, privados e públicos, só vamos atingir essa agenda em 2100 e não temos tempo para isso”, destaca ela. De acordo com a Agência BNDES de Notícias, a área de Mercado de Capitais do banco entende como importante uma reavaliação do papel dos bancos públicos e de desenvolvimento para enfrentar esse desafio.
Para usar uma antiga expressão, esta é uma corrida contra o relógio.
AAA
A agência de classificação S&P Global Ratings iniciou a cobertura da Itaúsa e atribuiu, em sua escala nacional Brasil, o rating de crédito corporativo de longo prazo ‘brAAA’ à companhia, com perspectiva estável.
FIAGRO
A Culttivo, agfintech que concede crédito para pequenos e médios cafeicultores, acabou de finalizar a captação de seu primeiro FIAgro, no valor de R$ 70 milhões. A Octante foi a gestora responsável por estruturar o fundo.
Segundo Gustavo Foz, CEO da startup, a expectativa da empresa agora é gerar mais de 500 operações de crédito para cafeicultores até o final de 2023. E comenta: “Hoje 85% dos cafeicultores no país possuem lavouras de pequeno e médio porte e são justamente eles que necessitam da maior parte do crédito”.
No mundo, a produção de café para a safra 2022/23 é estimada em 171,3 milhões de sacas de 60 Kg. O Brasil, maior produtor de café, contribui com 1/3 da safra internacional.
BIOGÁS
O Brasil utiliza apenas 3% de seu potencial para produzir o biogás. Mas esta realidade pode mudar. É que a eB Capital, gestora de investimentos alternativos, anuncia aporte de R$ 600 milhões em plataforma de biossoluções para a produção de biometano, gás carbônico e fertilizantes a partir de resíduos agroindustriais, em parceria com a Sebigas Cótica – empresa gestora da operação.
A iniciativa promoverá as primeiras usinas para tratamento de resíduos orgânicos industriais em larga escala no Brasil, com o que as empresas brasileiras ganharão importantes aliados para programas de descarbonização.
BIOGÁS 2
Estima-se que já existam, no mundo, mais de mil plantas industriais em operação voltadas ao biometano. No Brasil, a primeira será instalada em Triunfo/RS, no Polo Petroquímico do Sul, devendo iniciar no final de 2024. Metade dos R$ 600 MM será de recursos próprios e o restante será viabilizado no mercado, via instituições financeiras e Fundos.
MARÍTIMO
Responsável por 90% do comércio global e por cerca de 3% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE), o transporte marítimo discute novas metas climáticas para não extrapolar o índice de 1,5ºC de aquecimento máximo no planeta.
Sob coordenação da Organização Marítima Internacional, que reúne 175 países, as metas de redução de GEE de navios que antes eram de cortar pela metade as emissões desses gases foram revisadas para se chegar às emissões líquidas zero até 2050. Há um certo ceticismo no ar. E no mar.
TRILHOS
Desde o início das operações do Metrô Bahia, pela CCR, foram evitadas 45 mil toneladas de emissões de GEE (já descontadas as emissões da própria operação), calcula a empresa, considerando este um “saldo positivo para o planeta e sociedade, com ganhos na qualidade de vida da população de Salvador”.
O início das operações ocorreu em 2014 e esse sistema de transporte por trilhos recebeu investimentos de R$ 2,7 bilhões do governo estadual, gerando impacto positivo de mais de R$ 11,1 bilhões na economia da Bahia, calcula o próprio Executivo.
PLÁSTICOS
Parceria entre Alcon, Plastic Bank e Drogaria Venancio vai coletar 24 mil copos de água distribuídos durante a `Corrida Venancio pela Saúde`, tradicional evento que teve sua oitava edição, no Rio, neste último domingo, 16.
A corrida teve percursos de 3km, 5km e 10km na orla da zona sul. Nesse ano os 24 mil copos plásticos utilizados serão destinados à reciclagem por catadores cadastrados pela Plastic Bank, empresa que fortalece o ecossistema para combater o plástico nos oceanos e melhorar as condições de vida de seus membros.
No percurso haviam 15 pontos de recolhimento. Na cidade do Rio de Janeiro, a empresa conta com 25 pontos fixos de coleta “que, todo mês, impacta positivamente a vida de cerca de 900 famílias de catadores”, destaca.
OURO
– Qual é o custo de abrir um garimpo e qual o lucro das operações garimpeiras na Amazônia? Em seu novo estudo, o Instituto Escolhas mostra que o investimento para iniciar uma operação de garimpo de balsa na Amazônia ultrapassa R$ 3 milhões. Nos garimpos de baixão, o investimento inicial é de R$ 1,3 milhão aproximadamente. “Números que provam o quanto a atividade garimpeira de hoje está muito distante da sua origem artesanal”, frisa o instituto.
INVESTIDORES
Diferentemente dos dados do Censo Demográfico 2022 divulgados pelo IBGE, indicando que a população brasileira registrou um aumento de apenas 6,45% desde sua última edição em 2010, o crescimento de investidores pessoas físicas na B3 foi exponencial.
Análise realizada pela startup Meu Dividendo – plataforma que permite aos clientes a antecipação de dividendos, homologada e auditada pela B3 –, aponta que os investidores pessoas físicas na Bolsa brasileira passaram de 500 mil em 2011 (número estagnado até 2016) para mais de 5 milhões de investidores em dezembro de 2022.
CULTURA
A evolução do valor de custódia (investido) também demonstra que o brasileiro tem optado por investir cada vez mais em bolsa. Em 2011, quando a B3 realizou novo esforço para se popularizar, as pessoas físicas tinham investido R$ 102 bilhões, enquanto em 2022 este volume chegou a R$ 459 bilhões – somente em renda variável. A evolução se deve ao crescimento do número de investidores, já que o tíquete médio foi reduzido de R$ 13 mil, em 2011, para atuais R$ 1.200,00.
“O mais importante é a evolução exponencial dos investidores, pessoas que passaram a investir em empresas no Brasil e ter uma visão mais abrangente sobre os aspectos financeiros, como a visão de longo prazo e a possibilidade de gerar renda complementar com dividendos”, observa Wendell Finotti, CEO e fundador da plataforma Meu Dividendo.
Se no Censo 2022 o Sudeste e o Sul puxaram o crescimento da população brasileira, com acréscimo de 4.482.777 e 2.546.424 pessoas, respectivamente, essas regiões também são responsáveis pela maior concentração de investidores na Bolsa. O Sudeste concentra 57,35% e a região Sul 16,91% das contas de investimento Pessoa Física no Brasil e juntos respondem por 86% de todo valor em custódia pelos investidores. Em termos de representatividade, os jovens são a locomotiva do crescimento da Bolsa de Valores no Brasil. Atualmente, mais de 45% dos investidores têm entre 16 e 35 anos.
PACTO
O Grupo Sada, conglomerado de logística e transporte de veículos zero quilômetro da América Latina, acaba de aderir à Rede Brasil do Pacto Global, iniciativa das Nações Unidas (ONU) que mobiliza a comunidade empresarial para a adoção e promoção de Dez Princípios Universais, derivados da Declaração Universal de Direitos Humanos, da Declaração da Organização Internacional do Trabalho sobre Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho, da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e da Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção. Com a criação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o Pacto Global também assume a missão de engajar o setor privado nessa agenda.
A organização produz etanol a partir da cana-de-açúcar, em duas usinas, localizadas em Minas Gerais e Goiás. Durante a produção, aproveita resíduos como bagaço, palha e palhiço para a cogeração de energia por meio da queima. No último ano, foram produzidos cerca de 60 mil MWH de bioenergia e mais de 80 milhões litros de biocombustível.
IBRI
Luiz Henrique Valverde é o novo presidente executivo do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri), em substituição a Jean Philippe Leroy .
Vice-Presidente do Ibri no período de 2006 a 2009, Valverde é um profissional com vasta experiência em mercado de capitais, atuando na área de Relações com Investidores em diversas empresas, como Biosev, Springs Global, Unigel e Braskem.
GOVERNANÇA
Vem aí a 6ª edição do Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa do IBGC. Lançamento será dia 1º de agosto próximo.