A Heineken apresentou resultados financeiros que deixaram muitos investidores desapontados em 2024, com um lucro líquido de apenas 978 milhões de euros, refletindo uma queda significativa em relação aos 2,3 bilhões de euros registrados no ano anterior e abaixo das expectativas de ganhos que eram de 1,39 bilhão de euros, conforme revelou Estadão Conteúdo.
Resultados e recompra de ações
Apesar do lucro frustrante, a cervejaria holandesa anunciou um robusto programa de recompra de ações no valor de 1,5 bilhão de euros, proporcionando um alívio para os acionistas. Este movimento é uma estratégia utilizada pelas empresas para elevar o preço das ações e proporcionar retorno aos investidores, funcionando como um “pagamento indireto de dividendos”. A Heineken informou que pretende cancelar as ações adquiridas, aumentando proporcionalmente a participação dos acionistas remanescentes na companhia.
Segundo a empresa, ela concluiu 2024 com um fluxo de caixa operacional livre superior a 3 bilhões de euros, estabelecendo uma posição forte para retornar capital aos acionistas. O impacto já foi notável, com as ações da companhia subindo 12,83% na bolsa de valores de Amsterdã logo após o anúncio.
Desafios e perspectivas futuras
O panorama para 2025 não é tão otimista. A Heineken alerta sobre desafios macroeconômicos que podem afetar a demanda, como pressões inflacionárias e um sentimento do consumidor mais fraco na Europa. A expansão dos volumes de cerveja foi modesta, com um crescimento de apenas 1,6% ao longo de 2024. Em nota, a companhia reconhece as dificuldades, mas continua a projetar um crescimento de receita e volume para o futuro, dependendo de um cenário econômico favorável.
Impacto no mercado e no setor de bebidas
As expectativas de resultados da Heineken são também um termômetro para a gigante brasileira Ambev (ABEV3), que deve divulgar seus números do 4T24 em breve. De acordo com análises do BTG Pactual, a Ambev enfrenta um cenário de volumes em queda e preços pressionados, o que pode dificultar a entrega de resultados positivos, impactando diretamente sua avaliação no mercado.
Com as pressões competitivas na indústria, os caminhos para a recuperação ainda são incertos. O BTG destaca que, embora os múltiplos de avaliação da Ambev tenham melhorado, não há garantias de que os próximos resultados elevarão o otimismo dos investidores, sendo considerado um “cenário desafiador” para a continuidade do crescimento.
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