Em meio a um mundo invariavelmente desorganizado do ponto de vista do bem-estar social, em que mais de 800 milhões de pessoas passam fome (mais exatamente 828 milhões, segundo Relatório da ONU, sobre segurança alimentar, de 2021), e que existem poucas perspectivas de curto prazo para se resolver o aspecto mais básico para o ser humano (até porque a fome pode ter origem na manipulação de poder), voltamos a examinar o “S” do ESG.

Desta vez, porém, vamos direto ao ponto do sexismo, abordando a questão de gênero de ninguém menos que duas primeiras-ministras do proclamado mundo civilizado. Foi no fechamento de novembro, dia 30, que Jacinda Arden, primeira-ministra da Nova Zelândia, e Sanna Marin, primeira-ministra da Finlândia, estiveram reunidas para debater o estreitamento de laços políticos e econômicos entre esses países do Norte.

Ao invés de lançar a pergunta (primária) sobre qual o ponto mais importante da pauta comum a ser discutido, um dito repórter de uma emissora neozelandesa sacou esta: “Muitas pessoas perguntarão se vocês estão reunidas e se conhecem porque são da mesma idade ou porque têm muitas coisas em comum, quando se meteram na política e essas coisas… Ou os neozelandeses podem mesmo esperar mais acordos entre os dois países no futuro?”.

Jacinda Arden – mulher preparada, que entre outras atividades trabalhou com a primeira-ministra neozelandesa Helen Clarck (líder entre1999 a 2008) e o seu homólogo Tony Blair (à frente do governo de1997 a 2007), no Reino Unido, e no comando do seu país deu verdadeiro show de competência com a epidemia do coronavírus – pediu a palavra, na coletiva de imprensa e devolveu uma pergunta ao inquiridor: “A minha questão é se alguém perguntou a Barack Obama e John Key se eles se reuniram só por que tinham a mesma idade. Porque, quando duas mulheres se encontram, não é porque são mulheres, não está relacionado ao género”, afirmou a primeira-ministra neozelandesa.

A colega Sanna Marin – que recentemente sofreu críticas por ser flagrada dançando em uma festa privada, com pessoas amigas, da sua idade –  foi mais direta, endossando as palavras de Jacinda: “Sim, reunimo-nos porque somos as duas primeiras-ministras”.

Enquanto cientistas debatem se os fósseis do Homo sapiens, encontrados na Etiópia, com 195 mil anos, ou aqueles encontrados no Marrocos, de 300 mil, é que devem precisar o aparecimento da espécie, alguém pergunta se duas chefes de governo se encontram, em cerimônia oficial, só porque são mulheres e têm a mesma idade…

Realmente, há seres que não se cansam de estimular a “Teoria da Involução”, provando que a cretinice não tem época, idade, cor, sexo ou religião e, tampouco, sotaque. Haja paciência para modelar o “S” do ESG!

DISTOPIAS

Se o profeta Nostradamus tivesse escrito, entre suas profecias do Século XVI, que no Ano 22 do Terceiro Milênio uma competente profissional seria perseguida, e ameaçada, por uma horda de marmanjos, durante o maior evento realizado no mundo, só por ser mulher, muitos duvidariam.

Foi o que aconteceu com a repórter Domitila Becker, da Globo, durante o jogo Irã x Estados Unidos. Domitila, de nome singular e belo, procurou entrevistar as poucas mulheres iranianas no estádio, com respeito e educação. E saiu de lá amedrontada. Repetindo a frase do texto acima… Haja paciência para modelar o “S” do ESG!

PETRO

No fechamento desta última semana, líderes dos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Austrália, Japão e os 27 representantes dos países da União Europeia, decidiram estabelecer um teto de US$ 60 para o barril de petróleo russo.

Putin, como se esperava, já disse um sonoro não. Na cabeça dos ocidentais, é preciso levar os russos às cordas (como se diz no boxe) para que cedam à invasão na Ucrânia y outras cositas más. Está aberto mais um Capítulo no conflito Rússia x Ocidente.

FREIO

Guerra na Ucrânia e lesão de três dos quatro laterais convocados pelo técnico Tite para a Copa do Mundo à parte… o ritmo da atividade industrial do Brasil preocupa. Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), na sexta-feira última, há sinais de desaceleração, apesar da alta de 0,3% da produção industrial de outubro.

Para a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) a percepção confere. “Após uma forte recuperação durante o ano de 2021 e os primeiros meses de 2022, algumas atividades indicaram desaceleração. O mapa mostra que, na indústria de transformação, 17 atividades estavam acelerando e três desacelerando em outubro de 2021; já no mesmo período de 2022, esse resultado foi revertido, com apenas cinco atividades acelerando e 12 arrefecendo”, avalia a Federação das Indústrias do Estado que produz 1/3 do PIB nacional.

PIB

Detentor da 21ª maior economia no mundo, com US$ 603 BI, o PIB paulista é maior que o de alguns países europeus como Polônia, Suécia, Bélgica, Argentina, Áustria, Noruega, Irlanda e Dinamarca. Logo, é de se olhar com atenção para a performance desta economia regional e a sua avaliação do quadro nacional.

SEGMENTOS

Para efeitos de segmentação setorial, a indústria responde por 22,2% do PIB nacional – diz a Confederação Nacional da Indústria (CNI). É também a indústria que exporta 71,8% de bens e serviços brasileiros, recolhe 32,8% dos tributos ferais e tem 66,4% de participação no total de P&D do país.    

Já no âmbito internacional a fatia do bolo é de apenas 1,5%.

IBOVESPA

A B3 decidiu excluir a Positivo (POSI3) na primeira prévia da carteira teórica do Ibovespa, que entrará em vigor no período de janeiro a abril de 2023. A ação com maior peso, segundo esta prévia, continua sendo a Vale (VALE3), com participação de 15,384% (pouco mais que os atuais 14,194%).

Outras duas prévias adicionais estão programadas para os dias 16 e 29 próximos e a nova carteira passará a vigorar a partir de 2 de janeiro de 2023.

Como não houve inclusão, se confirmada esta primeira prévia, o Ibovespa contará com 91 ativos no período.

CADEIA

A Gerdau, maior empresa brasileira produtora de aço, acaba de estabelecer novas cláusulas ESG para contratações realizadas pelo time de suprimentos no Brasil. A partir deste mês, os integrantes da cadeia de fornecedores poderão incorporar novas ações de comprometimento social e ambiental na proposta de parceria com a companhia. O objetivo, diz a Gerdau, é “mobilizar e incentivar a cadeia de fornecedores e consolidar as melhores práticas” no tema.

CIRCULARES

Se você perdeu a subida da coluna “Práticas ESG”, na Editoria Universo ESG deste Portal, confira que vale muito a pena. Trata-se de rica abordagem sobre Cidades Circulares.

OCDE

O presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), João Pedro Nascimento, passou a integrar o extended Bureau do Comitê de Governança Corporativa na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Esta é a primeira vez que um brasileiro estará neste cargo.

A escolha aconteceu após a submissão de candidatura, em outubro último, em Marrakesh, no Marrocos, durante reunião da Organização Internacional das Comissões de Valores (IOSCO). E, em novembro deste ano, em votação ocorrida no âmbito de plenária da OCDE, em Paris, França, o presidente da CVM foi selecionado.

CLUBE

A partir de agora, o Brasil junta-se aos outros seis países na liderança do Comitê de Governança Corporativa. São estes: Espanha, Estados Unidos, Grécia, Israel, Itália e Turquia.

O comitê é responsável por conduzir os trabalhos de um fórum composto por membros do G20 e demais países delegados relacionados à OCDE, que tem o objetivo de definir princípios e orientações gerais em temas de governança. O extended Bureau é novidade na Organização, e está aberto a associados não-membros do Comitê.

CVM 50+

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Associação de Investidores no Mercado de Capitais (AMEC), a CFA Society Brazil e o CFA Institute realizarão, neste dia 7, o evento “A CVM e o mercado de capitais: Rumo aos 50 anos”, ocasião em que se comemora o aniversário do “xerife do mercado”, como dizem os analistas mais antigos.

O encontro contará com painéis sobre temas em voga no mercado de capitais, como finanças climáticas, novas tecnologias financeiras e o marco regulatório de ofertas públicas. Os presidentes João Pedro Nascimento (CVM), Fábio Coelho (AMEC), Márcia Sadzevicius (CFA Society Brazil) e Margaret Franklin (CFA Institute) são presenças confirmadas.

“A CVM está engajada em se tornar cada vez mais forte, moderna, dinâmica e sustentável”, assegura João Pedro Nascimento, presidente da autarquia.

AZUL

Para debater suas estratégias e perspectivas sobre os setores de portos, navegação e logística, com enfoque na Economia Azul (sustentabilidade em operações relacionadas ao mar), pela primeira vez na história do mercado financeiro, as companhias Wilson Sons (PORT3), Hidrovias do Brasil (HBSA3) e Santos Brasil (STBP3), listadas no segmento do Novo Mercado da B3, estiveram reunidas com analistas do mercado de capitais.

A iniciativa, inédita, lembra o Diário do Litoral, recebeu o nome de “Port and Maritme Equities Day Brazil 2022” e contou com presença de analistas nacionais e estrangeiros.

Os principais tópicos abordados foram “A contribuição do setor logístico para o crescimento econômico do país”, “A importância das hidrovias como alternativa sustentável e competitiva para exportação de commodities originadas no Brasil”, “As vantagens do transporte aquaviário e os benefícios da BR do Mar”, “A reorganização das cadeias logísticas globais e as oportunidades para o Brasil”.

VIBRA

A empresa Vibra Energia informa que seu Conselho de Administração elegeu Ernesto Pousada para o cargo de presidente da companhia –, segundo Fato Relevante publicado.

Pousada, que vem atuando como diretor-presidente da companhia de logística VLI desde novembro de 2019, tomará posse até o dia 1º de fevereiro de 2023 e sua gestão terá mandato de dois anos.

RELATÓRIO

A Associação Brasileira das Companhas Abertas (Abrasca) anunciou os vencedores do 24º Prêmio Melhor Relatório Anual. Na categoria Companhia Aberta Grupo 1 (receita líquida igual ou acima de R$3 bilhões) o vencedor é o Grupo Ultra. No Grupo 2 (abaixo de R$3 bilhões) o vencedor foi a LOG.

Na categoria Empresas Fechadas foram premiadas o Metrô, em primeiro lugar, e a Copel Distribuição, em segundo. Na categoria Organização Não Empresarial o primeiro lugar foi conquistado pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz e o segundo lugar ficou para a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ). 

A Comissão Julgadora premiou, também, com Menções Honrosas, as companhias nas seguintes categorias: Análise Econômico-Financeira: Raia Drogasil S.A.; Aspectos Socioambientais: Light S.A.; Estratégia e Investimentos com Destaque em Inovação: BRF S.A.; Estrutura de Gestão de Riscos, Controles Internos e Compliance: Cosan S.A.; e Governança Corporativa: Vittia Grupo. 

EUROPA

O União Europeia anunciou a aprovação da CSRD Diretiva para Relatos de Sustentabilidade Corporativa – marcando, assim, o passo fundamental na jornada de transparência.

Veja mais:  https://lnkd.in/dyBUyZFa #transparência

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