Levando para o lado do mercado, não há nada mais saudável do que carregar consigo o hábito de manter ativos de longo prazo ao lado.

Há uma frase repetida em várias áreas que você deve sempre levar em consideração: “tudo em excesso faz mal”. Isso seria aquela ideia de seguir cegamente o que mais se fala no momento. Exemplo: dietas milagrosas.

Muitas vezes o mercado força a tentação de ir para um dos lados – comprar ou vender – de forma excessiva, puxada pela euforia ou caos. No entanto, os ativos de longo prazo carregam uma sintonia diferente. Pois são decididos com menos emoção e mais razão, sem excessos ou influências levadas ao pé da letra.

A estrutura de longo prazo é construída com um equilíbrio entre segurança e oportunidade. Ou seja, busca a boa diversificação e sintonia entre as opções de investimento que cabem dentro do bolso.

No mercado de ações, quem olha para o dinheiro, pode ver isso como algo que evita o custo de transação, além disso, o fato que diminui os impostos e evita o estresse do dia a dia de compra e venda. Assim como, há aqueles que observam sob viés de patrimônio, onde bons ativos são sempre bem-vindos para compor uma carteira sólida e duradoura.

Aqueles que não acreditam nesta ideia e carregam suas aplicações entre compras e vendas constantes, buscam superar sistematicamente o mercado vivendo o dia a dia de forma emocional.

Longo prazo: Qual a finalidade então de investir se não for para se movimentar?

As vezes quem está bem posicionado ganha mais do que aquele que tenta vencer a “corrida do dia”. Afinal, qual o objetivo aqui? Ganhar dinheiro hoje ou perpetuar um patrimônio para amanhã?

Em dias de perdas, para nosso maior balizador de mercado, o Ibovespa, principal índice acionário do país, os compradores comemoram, pois a bolsa fica barata. Já os vendedores lamentam.

Enquanto isso, hoje, o mercado está sob viés de otimismo, ainda em recuperação, mas com inúmeros analistas e especialistas dizendo que o mercado tem tudo para melhorar. Deste modo, bolsa em queda é sinônimo de bolsa barata, certo? Por que não vamos todos as compras?

Os intelectuais, possivelmente, freiam este movimento pelo simples benefício da dúvida sobre o que vai acontecer. Estes quando veem a Bolsa cair dizem: eu já sabia! Mas quando sobe, nos explicam por que seguem com baixos desempenhos.

Em termos gerais, tudo se resume ao risco, simplesmente não é possível querer ganhar mais sem se expor à possibilidade de enfrentar períodos difíceis. De certa forma é justo.

Quando o mercado entra em queda e você está posicionado, a decisão de manter ou aumentar a posição, carrega um custo altíssimo em troca do prêmio de aproveitar raras oportunidades à preços inferiores por tempo indeterminado – o tempo que a crise passar -.

Nesta trilha, os pacientes serão remunerados pelo risco que foi tomado, mas também orientados via equilíbrio de portfólio e uma composição de bons ativos.

Investir pode ser simples, mas não é fácil. A solução está em encontrar a forma de tolerar cada momento, estando sempre preparado! No fim, a minoria sobrevivente contará a história daqueles que se recusaram participar.

Existe um momento certo para comprar na Bolsa?

Não precisa ser muito intelectual para seguir um sábio conselho muito dito por aí “compre na baixa, venda na alta”, mas não se esqueça dos excessos. Levar ao pé da letra esta frase pode conduzi-lo ao erro de comprar qualquer coisa pela queda. Portanto, pesquise bem antes de ir às compras.

Igual quando você vai ao shopping e confere se outros produtos do mesmo tipo estão acima ou abaixo do preço. Duvido que você não sinta uma dorzinha quando diz para o amigo que comprou algo por um preço “X” e ele te responde que comprou a mesma coisa pela metade do preço. Então, use a sua experiência de vida e não caia em qualquer tentação do mercado.

O erro de tudo isso, está na emoção. As nossas decisões são com base em otimismo, pessimismo e com pouquíssimo realismo. A Bolsa se move nesse sentindo. Hoje estamos na era do otimismo, onde os sonhadores erram na distância de suas expectativas e os pessimistas perdem dinheiro por esperar demais.

Por este motivo, sugerimos seguir as ideias de alguns Gestores ou dos Analistas, que andam encontrando empresas de qualidade negociadas de forma descontadas, pois caíram muito e ainda não voltaram ao patamar ideal.

Se você ainda não conferiu, nossa tabela Ranking Bear Market, reúne as principais empresas da bolsa que estão com preços inferiores desde suas máximas no período.

Uma ideia de alocação para aproveitar os períodos

Na construção de uma carteira completa é sempre importante definir as alocações entre diferentes classes, podemos chamar de: alocação estratégica e alocação tática.

A alocação estratégica envolve àquelas opções que você carregaria para o longo prazo – por vários anos – servindo de guia para os seus planos. São aqueles pesos comentados em etapas anteriores na hora de distribuir a carteira entre diferentes ativos, como, renda fixa, fundos de investimentos, renda variável, proteções e etc. Assim, você garante um equilíbrio na rentabilidade, considerando os mercados eficientes.

A alocação tática já envolve uma dinâmica diferente, pois se trata de movimentos para ajustar as alocações estratégicas em função do mercado atual e projeções futuras, servindo para manter-se na trilha. Por exemplo, se você acredita que nos próximos anos a Bolsa será a classe com melhor desempenho e a renda fixa menos atrativa, então, você aumenta a exposição em renda variável e diminui em renda fixa temporariamente.

E neste contexto, entregamos uma conclusão: cuidado ao comprar quando o sentimento de otimismo é extremamente elevado. A coerência nos leva a cautela e a euforia nos faz errar, siga suas estratégias pensando no longo prazo, com ajustes de posições perpetuando seu hoje e garantindo seu amanhã.

Até a próxima semana!

Equipe Acionista.

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