Grupo SBF (SBFG3): resultados muito acima do esperado
Enauta (ENAT3): Produção do Campo de Atlanta é Retomada com Estabilidade
Usiminas (USIM5): resultado fraco no 2T24
Prio (PRIO3) negocia com Sinochem compra de 40% de campo na Bacia de campos

Nesta segunda-feira (29/07), os destaques se voltam para:

Grupo SBF (SBFG3): resultados muito acima do esperado

O Grupo SBF divulgou os resultados do 2T24 na sexta-feira depois do fechamento do mercado. Os números continuaram mostrando melhora e ficaram muito acima do esperado. Esperamos uma reação positiva.

A receita líquida de R$ 1.714 milhões (+8% A/A) foi favorecida pelo crescimento da receita tanto da rede Centauro quanto da operação da Nike (Fisia) como pode ser visto abaixo. No caso da Centauro, as vendas tem sido favorecidas pelo bom desempenho das lojas físicas, que tiveram SSS de +8% aa. Já na operação da Nike, as vendas têm sido mais fortes no varejo digital: as lojas físicas da Nike e a operação de vendas no atacado (distribuição) seguem apresentando resultados mais fracos. Ainda do lado positivo, o crescimento das vendas somado ao controle de custos permitiu o aumento das margens: a margem bruta aumentou para 50% no 2T24 ante 49% no 1T24 e 48% no 2T23. O bom controle de despesas também permitiu uma melhora substancial no Ebitda da SBF: o Ebitda no 2T24 foi de R$ 248 milhões (+55% A/A), bem acima da esperado e a margem aumentou para 14% ante 10% no 2T23. O lucro líquido de R$ 78 milhões também ficou acima do esperado. Vale destacar que o aumento do lucro reflete a redução do endividamento da SBF: devido às mudanças na política comercial, principalmente relativas à operação da Fisia, a necessidade de capital de giro diminuiu, reduzindo o endividamento da SBF, que saiu de ~1,5 bi no 2T23 para ~R$ 750 milhões no 2T24. Ou seja, o endividamento caiu pela metade.

Impacto: positivo. Os resultados continuaram mostrando boa evolução nas vendas da SBF (sem impacto negativo do inverno mais quente, que deve afetar a maior parte do varejo de vestuário) e também melhora na rentabilidade. Esperamos uma reação positiva.

Enauta (ENAT3): Produção do Campo de Atlanta é Retomada com Estabilidade

Enauta Participações anunciou que a produção no Campo de Atlanta foi reiniciada na última sexta-feira, 26 de julho. A manutenção no FPSO Petrojarl I foi concluída, permitindo a operação da plataforma até o quarto trimestre de 2024. A produção do campo está estabilizada em aproximadamente 20 mil barris de óleo equivalente por dia.

Impacto: positivo. Em maio a produção do campo de Atlanta havia sido paralisada com previsão para retornar no final do mês passado. Hoje, um mês após a previsão inicial foi anunciado o retorno. A produção diária está em patamar elevado de 20 mil barris de óleo equivalente por dia.

Usiminas (USIM5): resultado fraco no 2T24

A Usiminas divulgou resultados fracos no 2T24, abaixo do esperado. Apesar da empresa sinalizar que os 3T24 deve ser melhor em função de prováveis reajustes no preço do aço, o ponto de partida é bem mais baixo do que se imaginava, o que explica a reação negativa aos resultados. A margem Ebitda da Usiminas caiu para perto dos níveis mais baixos dos últimos anos, apesar do Real depreciado ter contribuído positivamente no segmento de mineração.

A receita de R$ 6.350 milhões (-8% A/A) foi negativamente afetado pela redução nas vendas de minério e pelos preços baixos do aço no Brasil. As vendas de minério apresentaram leve aumento T/T e os preços foram favorecidos pela depreciação do Real, o que favoreceu o crescimento da receita e das margens relativamente ao 1T24. Do lado negativo, a receita na operação de siderurgia foi negativamente afetada pelo preço baixo do aço, ainda negativamente afetado pela demanda baixa e importações elevadas nos últimos trimestres. Além disso, os aumentaram por conta da depreciação do Real, que impactou o preço de diversas matérias-primas para a produção de aço. A produção de aço da Usiminas se recuperou em função da finalização das reformas em um alto-forno da empresa. Contudo, isso não foi refletido em vendas maiores como pode ser visto abaixo. Como resultado de vendas baixas e custos altos, a margem Ebitda da operação de siderurgia caiu para apenas 4%.

Impacto: negativo. Apesar das sinalizações que o 3T24 deve ser melhor, o ponto de partida é muito baixo. Além disso, a Usiminas destacou que o resultado da operação de siderurgia será melhor. Com a queda no preço do minério, é possível que o consolidado continue fraco no 3T24.

Prio (PRIO3) negocia com Sinochem compra de 40% de campo na Bacia de campos

Segundo matéria da Bloomberg Linea, a Sinochem (conglomerado chines de produtos químicos e energia, esta em negociação com a Prio para vender participação de 40% no campo offshore de Peregrino. Esse campo está localizado na mesma bacia de Campos que a Prio. O preço do negócio não foi informado, mas quando a Sinochem concluiu a aquisição em 2011 ela pagou US$ 3,07 bilhões.

Abaixo apresentamos a posição de caixa em dólares da Prio desde o primeiro trimestre de 2021:

Impacto: positivo. A Prio está se posicionando no mercado com uma estratégia focada em novas aquisições, em vez de distribuir dividendos. Anteriormente, a empresa mencionou que estava avaliando oportunidades de aquisição no Golfo do México. Atualmente, a Prio está analisando a aquisição de um campo mais próximo, localizado na Bacia de Campos. Acreditamos que, devido à sua confortável e crescente posição de caixa, é possível que a empresa realize uma aquisição de campo no curto ou médio prazo. Na última sexta-feira, as ações da Prio reagiram positivamente à notícia divulgada pela Bloomberg Línea, provavelmente devido à especulação de que uma aquisição possa ser anunciada em breve.

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