ESTUDO – Grandes empresas somam queda de 57% em fevereiro e assustam o mercado financeiro

 “A interferência do governo na gestão da Petrobras, por exemplo, acabou colocando em questão a agenda econômica brasileira”

O mês de fevereiro passou por muitos percalços, principalmente por conta de eventos políticos que geraram impactos importantes nas companhias estatais brasileiras, piorando a percepção em relação à condução da política econômica no país. Por conta disso, o mercado vem p restando atenção se a agenda do ministro Paulo Guedes seguirá os caminhos do liberalismo ou não. Todavia, de acordo com especialistas, os ventos externos deram alívio para algumas companhias de setores específicos e, em outros casos, as estratégias da própria empresa contribuíram para o desempenho de suas respectivas ações. 

Segundo dados públicos coletados pela corretora Nova Futura Investimentos, as maiores altas do Ibovespa ao longo de mês foram das empresas Embraer (EMBR3), com 46,70% de retorno, a Braskem (BRKM5), tendo um aumento de 29,66%, a Usiminas (USIM5), com 29,14%, e a Petrorio (PRIO3), que obteve alta de 18,91%. Por outro lado, dentre as companhias brasileiras que tiveram quedas relevantes está a Petrobras (PETR4), a qual sofreu um retorno negativo de -15,40%, o IRB Brasil RE (IRBR3), somando -14,19%, Cogna (COGN3), com -14,10%, e Eztec (EZTC3), que f echou fevereiro com -12,87%.

Segundo Matheus Jaconeli, Economista da Nova Futura Investimentos, as empresas que tiveram retorno positivo ganharam um empurrão tanto interno quanto externo. “A Embraer, além da rotação internacional para setores descontados por conta do avanço da vacinação nos países desenvolvidos, recebeu impactos positivos adv indos de questões internas. Já na Braskem, a demanda por papéis se deveu às estratégias da direção, além do retorno de operações no México e em Alagoas. Quanto a Usiminas e Petrorio, ambas se beneficiaram das perspectivas de desvalorização do dólar devido à permanência do relaxamento monetário e pacote fiscal nos Estados Unidos, que contribui para a alta nos preços das commodities”, explica.

O Economista explica também o que levou à queda d as ações de empresas tradicionais do mercado. “A Petrobras teve um mau desempenho por conta da sinalização de interferência do governo na gestão da companhia. A substituição de Castello Branco pelo general Silva e Luna, indicado por Bolsonaro, acabou assustando o mercado, colocando em questão a agenda econômica brasileira. O IRB teve um fraco desempenho no mês, com os números divulgados pela empresa evidenciaram um trimestre pior do que o esperado, registrando prejuízo de R$ 620 milhões. Além disso, o mercado acabou se frustrando com a vend a da parte de educação básica da Conga. Na Eztec, o aumento de risco percebido, o aumento de medidas de restrições sociais, e a desistência do IPO da EZ Inc, fez com que a ponta vendedora do ativo prevalecesse”, completa.

Sobre a Nova Futura Investimentos

Sócia-fundadora da BM&BOVESPA, a Nova Futura Investimentos, foi fundada em 1983, atua nos mercados de commodities, renda fixa, renda variável e seguros. Com presença nacional, a instituição financeira conta com 21 escritórios espalhados por diversas cidades do país. Ao longo de mais de três décadas de existência, se consolidou como uma das maiores e mais independentes casas de investimentos do Brasil.

Com tradição no mercado institucional, vem se tornando referência no varejo, oferecendo a mesma qualidade já ofertada ao mundo empresarial agora também para pessoas físicas. Em 2017, confirmando a tradição de excelência, a corretora recebeu o selo Nonresident Investor Broker, que rec onhece a estrutura organizacional e tecnológica especializada na prospecção de clientes, prestação de serviços de atendimento consultivo assim como execução de ordens e distribuição de produtos da BM&FBovespa para investidores não residentes.

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