A Companhia Brasileira de Distribuição (GPA), dona das redes varejistas Pão de Açúcar, Extra e Assaí; informou a conclusão da venda dos últimos 11 imóveis negociados com a TRX Gestora de Recursos. A operação, iniciada em março, envolveu quatro etapas.

Nesta quarta etapa, o pagamento no valor de R$ 233,6 milhões envolveu nove lojas da bandeira Pão de Açúcar e duas lojas da bandeira Mercado Extra.

Dentre os 43 imóveis que são objeto do contrato, o GPA concluiu a venda de 39: cinco na primeira tranche (29 de maio de 2020), sete na segunda tranche (29 de junho), 16 na terceira tranche (22 de julho) e 11 na quarta tranche (28 de agosto), sendo que quatro imóveis foram excluídos da operação, com valores não relevantes para a transação total.

Ao todo, os 39 imóveis vendidos na modalidade “sale and leaseback” (quando o espaço é vendido e alugado de volta) somaram R$ 1,18 bilhão.

Segundo a administração do GPA, no fato relevante, essas vendas têm como objetivo, contribuir com a redução da alavancagem da companhia; bem como financiar as oportunidades de crescimento rentável, destacando-se o plano de rápida expansão da bandeira Assaí.

A ação PCAR3 encerrou cotada a R$ 63,51.

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O GPA concluiu seu processo de venda de ativos, visando uma diminuição de sua alavancagem.

No total, foram vendidos 39 imóveis, pelo valor de R$ 1,18 bilhão no período de quatro meses.

Durante as negociações dos 39 imóveis, foram fechados contratos de venda com acordo de locação com o GPA. Desse modo, a empresa passa a receber os recursos no caixa, mas também a pagar aluguel pelas unidades; o que pode sinalizar um certo risco dependendo do cenário.

Em seu balanço do 2T20, a cia divulgou que a locação tinha prazo de 15 anos, renováveis por igual período.

Com isso, a dívida líquida passou de R$ 10,8 bilhões de janeiro a março para R$ 9,2 bilhões de abril a junho. Com isso, a relação entre dívida e lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, da sigla em inglês) nesse período caiu de 2,5 vezes para 2,2 vezes, sem considerar as tranches de julho e agosto.

Um ano antes, esta mesma relação era muito menor, mas o aumento é justificado pela captação de recursos destinados à aquisição do grupo colombiano Éxito, controlado pelo GPA desde 2019, após uma simplificação de estruturas do controlador Casino na América Latina.

Impacto: Marginalmente Positivo. Com a venda dos 29 ativos, o GPA consegue reduzir sua posição de alavancagem, que estava elevada por conta de uma captação, feita para aquisição do grupo colombiano Éxito. Foram fechados contratos de aluguel com a empresa, de modo que o Pão de Açúcar segue recebendo caixa; mas também pagando aluguel, o que pode sinalizar riscos em cenários mais conturbados.

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