O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou uma redução significativa na necessidade de bloqueio adicional para o Orçamento de 2024.

Após a publicação, na semana anterior, de um bloqueio de R$ 6 bilhões, o governo revisou sua projeção e diminuiu esse valor para R$ 4,30 bilhões.

A alteração foi oficialmente divulgada na noite de sexta-feira, 29 de novembro, em uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

Bloqueio reduzido por menor necessidade de reorganização no Orçamento

A revisão no bloqueio reflete uma necessidade menor de ajustes nas contas públicas, com o objetivo de acomodar o aumento das despesas obrigatórias, especialmente os benefícios previdenciários.

Essa decisão representou uma diminuição no impacto das restrições fiscais previstas inicialmente.

Com essa revisão, o total de bloqueio nas despesas discricionárias, que envolvem gastos que o governo pode ajustar como sua conveniência, vai ser de R$ 17,6 bilhões, uma cifra inferior aos R$ 19,30 bilhões que haviam sido inicialmente estipulados.

Essa mudança ocorre em um contexto de busca por um equilíbrio fiscal sem prejudicar tanto áreas sensíveis da economia.

Lei Aldir Blanc e corte de recursos

A redução do bloqueio foi possível, em parte, graças à decisão do governo de zerar os R$ 1,70 bilhão restantes da Lei Aldir Blanc, que destina recursos ao incentivo cultural no Brasil.

A medida sucede um corte de R$ 1,30 bilhão de um orçamento total de R$ 3,0 bilhões para o programa.

Impactos no mercado e reações

A decisão de cortar completamente o valor restante da Lei Aldir Blanc gerou reações mistas no mercado financeiro.

Analistas e economistas expressaram maior ceticismo em relação ao pacote fiscal do governo e à real disposição da gestão federal em implementar cortes efetivos de gastos.

O impacto no mercado foi imediato, com sinais de preocupação sobre o comprometimento do governo com o controle fiscal.

Economistas interpretaram a medida como um indicativo de que o governo adotou uma postura mais flexível em relação à contenção de despesas, o que agrava ainda mais o desconforto em relação à política econômica do País.

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