Ranking de Ações: STBP3 em último lugar com baixa de -16,51% na semana.
Qual ação estará no topo do Ranking?
A sua será a líder ou ficará na lanterna?
🌎 CENÁRIO EXTERNO: ECONOMIA E ELEIÇÕES AMERICANAS PROTAGONIZAM AGENDA
Mercados… Bolsas asiáticas iniciaram a semana com desempenhos predominantemente positivos, com destaque para as altas de 1,3% em Tóquio e de 1,0% em Hong Kong. Na zona do euro, índices de mercado também amanheceram em tom favorável: o Stoxx 600, índice que abrange uma gama de ativos de risco da região, registra salto de 1,9% até o momento. Em NY, índices futuros apresentam o mesmo viés positivo, com altas da ordem de 1,3%; enquanto o dólar (DXY) passa a registrar perdas contra os seus principais pares. Na fronte das commodities, ativos se movimentam sem direção única. O preço do petróleo (Brent crude) avança 0,5%, negociado em torno dos US$ 42,10/barril.
Tom de recuperação… Ativos de risco iniciaram a semana em tom de recuperação, com altas generalizadas de bolsas europeias e futuros americanos após uma sessão positiva para as bolsas asiáticas. Como destaque nesta manhã, investidores receberam de bom grado dados de atividade que mostraram que os lucros de empresas do setor industrial voltaram a avançar em agosto, configurando o 4º mês consecutivo de alta.
Economia e eleições americanas protagonizam agenda… Nos próximos dias, além de acompanhar uma série de indicadores econômicos relevantes na China, Europa e EUA, o investidor volta suas atenções para a intensificação na campanha eleitoral americana em meio a manutenção do entrave nas negociações por novos estímulos fiscais no Congresso, com o primeiro debate entre o presidente, Donald Trump, e seu rival democrata, Joe Biden, previsto para amanhã. Nesta fronte, a notícia de que Trump não pagou imposto de renda em 10 dos últimos 15 anos está tendo forte repercussão e ameaça ampliar a vantagem de Biden ilustrada pelas pesquisas eleitorais.
Na agenda… Nos EUA, além do relatório de emprego de setembro (6ªfeira), o investidor avalia a estimativa final do PIB no 2º trimestre de 2020 (4ªfeira), o ISM industrial (4ªfeira), o PMI industrial do Instituto Markit de setembro (5ªfeira), o PCE de agosto (5ªfeira) e os índices de confiança do consumidor do Conference Board (3ªfeira) e da Universidade de Michigan (6ªfeira). Na zona do euro, onde a piora do quadro sanitário mantém investidores receosos com relação a uma 2ª onda do coronavírus; o investidor também avalia a leitura final do PMI/Markit industrial de setembro (5ªfeira). Paralelamente, o mercado também avalia o PMI industrial de setembro oficial e o medido pela iniciativa privada amanhã à noite; após dados no final de semana seguirem apontado para a recuperação robusta do setor em agosto.
BRASIL: REFORMA TRIBUTÁRIA DEVE DOMINAR AS MANCHETES DA SEMANA
Nova etapa do governo… Durante o decorrer da semana, o governo deve revelar uma nova etapa da sua proposta para reformar o sistema tributário brasileiro. Até então, a única contribuição do governo foi um projeto que sugere a união do PIS/Cofins por meio da criação de um novo IVA (Imposto Sobre Valor Agregado). O conteúdo exato da proposta que será divulgada permanece uma incógnita – nem a própria pasta econômica tem certeza –; já que o grupo de medidas ainda passará pelo crivo do presidente Jair Bolsonaro. Como se trata de um assunto sensível e complexo; um atraso que posterga a divulgação desta segunda etapa para além da presente semana não nos surpreenderia.
Conteúdo da proposta… Apesar da proposta ainda estar sob construção, a equipe econômica tem enfatizado a sua intenção de realizar um “rearranjo tributário”. A intenção é criar uma contrapartida fiscal que possibilite a desoneração da folha de pagamento. O ministro Paul Guedes (Economia) sempre sustentou que estes encargos trabalhistas representam o maior obstáculo para criação de empregos formais no Brasil. Ao que tudo indica, a solução da equipe econômica continua a mesma: instituir um tributo nos moldes da antiga CPMF que incide sobre transações digitais. Segundo cálculos da equipe econômica, o tributo deve gerar R$ 120 bi/ano em arrecadação para o governo federal.
Outras possibilidades… Fora o novo imposto sobre transações digitas, esta segunda etapa também pode incluir um imposto sobre “produtos do pecado” (refrigerantes, cigarros, bebidas alcoólicas etc.) e talvez até uma proposta para tributar lucros e dividendos.
Parecer da tributária… Além do envio do governo, foi prometido pelo deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB); relator da tributária na comissão mista, um parecer que uni as três propostas em discussão (PEC 45, PEC 110 e a proposta governista) neste colegiado até esta quarta-feira. O grupo de senadores e deputados gostaria de votar o relatório elaborado por Ribeiro antes que comissão expire no dia 12/10. A nossa expectativa é que o aglomerado de pospostas apresentado pelo relator mais se assemelhe à PEC 45; que originou na Câmara dos Deputados e tem o seu presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), como padrinho.
Negociações… As mais recentes tratativas entre o governo e a Câmara sugerem que o governo deve apoiar o parecer produzido pelo deputado Aguinaldo Ribeiro em troca de apoio para a segunda etapa do governo. Caso esse entendimento se realize, boa parte da resistência à criação da nova CPMF será vencido.
Na agenda… Hoje, além do boletim Focus do BCB, que traz as atualizações semanais das projeções econômicas do mercado, o mercado espera a divulgação da nota do BC sobre política monetária e operações de crédito (9h30) e o relatório mensal da dívida pública de agosto (14h30). Amanhã, o IGP-M de setembro e o Caged de agosto protagonizam a agenda com expectativas apontando para a manutenção do índice de preços em patamar elevado e para uma ligeira melhor no saldo de vagas de trabalho. Na 4ªfeira, a Pnad-Contínua do trimestre findo em agosto também traz mais informações sobre o estado do mercado de trabalho no país. Por fim, a produção industrial em agosto sai na 5ªfeira; calibrando expectativas com relação ao ritmo de recuperação da economia durante o 3º trimestre de 2020.
E os mercados hoje?…
Ativos de risco iniciaram o dia em tom positivo, em semana que guarda uma série de indicadores de atividade importantes e a intensificação da campanha eleitoral nos EUA. No Brasil, as atenções do mercado se voltam à Brasília, onde o presidente almoça com aliados do governo para apresentar o Pacto Federativo e avançar nas conversas da reforma tributária, que poderá incluir um novo imposto sobre transações financeiras.
Tendo em vista o início de semana positivo para os mercados, acoplado à falta de notícias negativas no âmbito local; esperamos uma abertura com viés positivo para ativos de risco brasileiros.