*Por Frank Koji Migiyama
Pesquisa realizada pelo IBCG e pela PwC apontou que 64,2% das empresas familiares consultadas na mostra já tinham conselho de administração, estatutário ou consultivo. Mas o que isso significa na prática? Contar com uma Governança Corporativa garante mais transparência e confiança nos negócios.
A adoção dos princípios de prestação de contas e responsabilidade corporativa, aliada à implantação de um conselho estruturado, contribui para a tomada de decisões empresariais, agregam valor à empresa e reduzem os custos operacionais.
As boas práticas de governança corporativa trazem recomendações objetivas, alinhadas aos interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor da organização, além de facilitar o seu acesso a recursos e contribuir para a qualidade da gestão da organização, a sua saúde financeira e o resultado positivo considerando todos os envolvidos.
Aqui encontramos um ambiente corporativo no qual a governança se torna um caminho assertivo com foco na geração de valor e resultados positivos para a sociedade e o planeta. Atender às práticas do Código Brasileiro de Governança Corporativa tem se tornado cada vez mais comum no universo das empresas familiares.
Nas empresas com governança implementada, a gestão alcança índices positivos de qualidade, com ações concretas e efetivas de toda a estrutura organizacional, resultando em um crescimento sustentável do negócio, com objetivos estratégicos, missão e valores alinhados.
A cada ano, práticas deste universo contribuem para que a Governança Corporativa fortaleça e consiga entregar mais valor aos stakeholders e contribua, assim, para a longevidade e solidez da organização.
Um processo de expansão, por exemplo, exige uma estrutura e um planejamento que faça deste movimento um período sustentável. É possível encontrar muitos desafios ao longo do caminho que vão exigir conhecimento, imparcialidade e visão de futuro.
Para garantir uma gestão mais assertiva durante um cenário de crescimento, seja uma uma fusão ou aquisição, é necessária uma gestão dedicada, que esteja fora do dia a dia da empresa.
O mesmo vale para a ampliação do portfólio de produtos e serviços, bem como as áreas de atuação a serem escolhidas para o novo momento da empresa. As boas práticas vão impulsionar diretamente neste crescimento orgânico.
A Governança Corporativa estabelece diretrizes claras e objetivas em todas as áreas da companhia. Ela assegura que os interesses dos administradores estejam alinhados aos interesses dos donos do negócio, além de garantir que os processos e as estratégias estão sendo corretamente seguidas e, por fim, promove uma cultura de prestação de contas na empresa.
Os benefícios não param por aí. Ao contar com uma Governança Corporativa, observamos um aumento do valor de mercado e a competitividade da companhia, contribuindo para atração de novos investidores, valorização da imagem e, consequentemente, uma blindagem da marca.
*Frank Koji Migiyama é sócio-fundador da consultoria empresarial FKConsulting.PRO
