A Gol divulgou seu resultado referente ao 3T20 com retorno contínuo da demanda.

A companhia ampliou a oferta de voos na região Nordeste e inaugurou o hub de Salvador, garantindo assim a mais completa e abrangente malha aérea para atender a retomada das viagens a lazer. Os primeiros indicadores de busca de passagens e o aumento do nível de vendas nos grandes mercados nacionais contribuirão para a contínua ampliação do seu crescimento sustentável no mercado doméstico.

Entre os principais destaques, temos:

• O número de Passageiro-Quilômetro Transportado Pago (RPK) diminuiu 72% comparativamente ao 3T19, totalizando 3,2 bilhões de RPKs. Entretanto, registramos um aumento de 63% em RPK de julho a setembro;

• O Assento Quilômetro Ofertado (ASK) reduziu 70% em relação ao 3T19, entretanto cresceu 59% dentro do trimestre;

• A GOL transportou 2,6 milhões de Clientes no trimestre, uma diminuição de 73% versus o 3T19, contudo uma evolução de mais de 300% na comparação com o 2T20. Durante o feriado de Independência, a GOL registrou 55 mil Clientes transportados em um único dia; o que representa 55% do registrado no mesmo período de 2019;

• A receita líquida foi de R$ 975 milhões, uma queda de 74% em relação ao 3T19, porém uma expansão de 172% versus o 2T20. A receita mensal iniciou com R$ 240 milhões em julho e terminou com R$ 465 milhões em setembro; representando um crescimento de 94% dentro do 3T20. As outras receitas (principalmente cargas e fidelidade) totalizaram R$ 95,9 milhões, equivalente a 9,8% do total de receitas;

• A Receita Líquida por Assento Quilômetro Ofertado (RASK) foi de 24,42 centavos (R$), redução de 12% em relação ao 3T19. A Receita de Passageiros Líquida por Assento Quilômetro Ofertado (PRASK) chegou a 22,02 centavos (R$), queda de 16% em relação ao 3T19;

• O EBITDA e o EBIT foram de R$ 284 milhões e R$ 114 milhões, respectivamente, e refletem o resultado do gerenciamento racional e responsável da oferta em relação à demanda; e

• O prejuízo líquido após participação de minoritários foi de R$ 872 milhões (excluindo variações cambiais e monetárias; perdas líquidas não recorrentes, perdas relacionadas a Exchangeable Notes e resultados não realizados de capped calls).

Impacto: Negativo. Os resultados da companhia aérea ainda vieram com tom bastante negativo, justificado por fortes quedas em todas as linhas e grande queima de caixa no período. Existe uma expectativa de retomada para o 4T20, recuperando 70% da receita observada em 2019. Ainda assim, vencimentos de dívidas previstos para os próximos trimestres podem prejudicar a liquidez da empresa.

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