Dias ruins para a Gol (GOLL4) parecem que serão longos. Desde seu pedido de recuperação judicial nos EUA, a empresa perdeu do dia 25 de janeiro até esta terça-feira (30), ou seja, em cinco dias, 53,6% de seu valor de mercado. De acordo a Economatica, a companhia aérea era avaliada em R$ 2,78 bilhões em 24 de janeiro, e agora está em R$ 1,29 bilhão. Em valor nominal, a perda foi de R$ 1,5 bilhão – maior que seu valor atual.
Nesta terça também foi o último dia da Gol na bolsa, quando a ação despencou a R$ 2,92. As dívidas da empresa é de R$ 20,176 bilhões da companhia, 15 vezes maior que seu valor de mercado atual.
Segundo o InvestNews, em relatório dos analistas do Bradesco BBI há o risco de diluição da companhia e, por isso, recomendam a venda das ações. Além disso, a companhia deve para mais de 50 mil credores, com o banco BNY Mellon, Aeronáutica, Vibra Energia e Boeing encabeçando a lista. O primeiro tem a receber o maior montante (US$ 539,9 milhões).
Isso afeta os voos da Gol?
Especialistas na área de Recuperação Judicial, entretanto, adiantam que o momento não é para pânico. “Em princípio, não há motivos para alardes. A recuperação judicial, ainda mais no Estados Unidos, é um procedimento bastante comum e diversas outras empresas já passaram por isso, sem grandes impactos em suas operações. Não me parece que o simples fato de a empresa requerer esse procedimento deva causar preocupações aos consumidores brasileiros”, explica Giulia Panhóca, do escritório Ambiel Advogados e especialista em Direito Empresarial.
A Gol criou um comitê para independente par gerenciar a crise. Saiba mais aqui.