Foto: Gerdau (GGBR4)/Divulgação

O CEO da Gerdau (GGBR4), Gustavo Werneck, afirmou nesta quinta-feira (20) que, caso o governo brasileiro não implemente medidas de proteção à indústria do aço, a empresa poderá rever novos investimentos no país.

Na visão do executivo, a indústria nacional vem perdendo espaço e é essencial que o governo assegure condições justas de competição. O receio quanto à manutenção dos investimentos no Brasil cresce, especialmente diante da inauguração de uma nova linha de produção de bobinas, que já enfrenta dificuldades para competir devido ao aumento das importações.

“É fundamental que o governo federal adote medidas de defesa comercial, porque, se isso não ocorrer, vamos repensar o nosso nível de investimento no Brasil. Continuamos investindo e confiantes, mas, à medida que não vemos ações mais robustas para garantir uma competição de igual para igual, reconsideraremos nossos investimentos no país”, disse Werneck, segundo o Valor.

O Brasil chegou a implantar medidas de defesa comercial em meados de 2024, por meio de cotas de importação definidas pela Camex (Câmara de Comércio Exterior), mas a percepção do setor é que a iniciativa ainda não foi eficaz. A expectativa é que a entrada do aço asiático no Brasil continue elevada em 2025.

“A indústria do aço enfrenta uma competição desleal no mercado global. Especialmente porque a China, que possui um excedente de capacidade produtiva, subsidia sua indústria com dinheiro público para manter emprego e renda, o que faz com que esse aço circule pelo mundo em condições não isonômicas”, afirmou o executivo.

Gerdau (GGBR4): ações disparam com possível tarifa de Trump à importação de aço

As ações preferenciais da Gerdau (GGBR4) dispararam nesta segunda-feira (10), com os investidores repercutindo as políticas tarifárias nos EUA mencionadas por Donald Trump no fim de semana. O republicano afirmou que pretende impor taxas de 25% sobre as importações de aço e alumínio de todos os países.

Como a Gerdau mantém produção em solo norte-americano, seus produtos seriam beneficiados por eventuais taxações, tornando seus preços mais competitivos.

As ações da companhia fecharam em alta de 5,21%, cotadas a R$ 17,57.

Na perspectiva do analista Igor Guedes, da Genial Investimentos, a Gerdau seria uma das maiores beneficiadas, já que detém 40% de suas operações nos EUA.

O post Gerdau (GGBR4): sem proteção à indústria, podemos ‘rever investimentos’, diz CEO apareceu primeiro em BPMoney.

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