Muita gente achava que a transição da administração Jair Bolsonaro para a de Luiz Inácio Lula da Silva fosse uma sucessão de arreganhar de dentes.

Não está sendo tão hostil assim mas, por outro lado, estão ocorrendo poucos encontros entre os que saem e os que entram, ao contrário do que ocorreu quando Fernando Henrique Cardoso cedeu o posto a Lula.

Naquela ocasião, a administração que saía e a que entrava trabalharam em conjunto harmonioso, principalmente na área econômica, na qual o ministro Pedro Malan prestou toda assistência a Antonio Palocci que o substituía na Fazenda.

A exceção desta vez fica por conta do ministro Paulo Guedes, que tem tido encontros e conversas ao telefone com Fernando Haddad.

Tal coisa se explica pelo fato de Guedes ser homem de mercado, com todo o pragmatismo que a carreira exige.

Sabe-se lá para onde ele irá após deixar a pasta da Economia. Mas é bem possível que assuma alguma presidência ou diretoria de uma instituição financeira.

Nessa hipótese, estar bem com a autoridade máxima da Economia é importante para o bom desenvolvimento dos negócios.

Basta ver como os banqueiros já estão dialogando com Haddad.

Como disse, isso faz parte do DNA do pessoal do mercado financeiro.

Feliz Ano Novo para todas as leitoras e leitores.

Ivan Sant’Anna

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