Provavelmente, a fusão entre a Petz (PETZ3) e a Cobasi, que deve criar o maior negócio do setor “pet” no Brasil, para ser aprovado no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), algumas restrições deverão ser aplicadas na operação, afirmou uma fonte reservadamente a agência Broadcast.

Cabe ressaltar que essas análises são preliminares, já que as empresas assinaram apenas na última sexta-feira (19), o memorando de entendimentos para a possível combinação.

Segundo a fonte, a expectativa no órgão antitruste é de que o negócio gere muitas sobreposições, o que pode ser resolvido local a local. O interlocutor no Cade observou que, se as partes já apresentarem um bom levantamento de “remédios” concorrenciais ao órgão, é possível que a análise não seja tão complexa.

Em fusões desse tipo, o ponto principal é saber quais lojas precisarão ser vendidas. Além disso, em operações de varejo, a tendência é de que a análise pelo órgão antitruste seja feita dentro de cada cidade e, em municípios com mais de 200 mil habitantes, dentro de cada bairro.

O Cade tem até 240 dias para decidir sobre operações notificadas – e até 330 dias em casos mais complexos, o que precisa ser reconhecido pela Superintendência-Geral.

Na teleconferência de anúncio da fusão com a concorrente Cobasi, o CEO da Petz, Sergio Zimerman, disse que ainda não foram feitas conversas iniciais com o Cade, mas se mostrou otimista com a avaliação pelo órgão e reconheceu que eventuais “remédios” podem surgir, não vendo, contudo, que eles seriam “amargos”.

O CEO da Cobasi, Paulo Nassar, seguiu o mesmo tom. Em entrevista ao Broadcast, ele afirmou que sua empresa e a Petz têm, juntas, cerca de 2% das lojas de seu segmento no País, o que indicaria, na visão dos empresários envolvidos na negociação, que os remédios do Cade devem ser leves. “Somos otimistas com o Cade, porque a concentração de mercado é irrelevante”, afirmou Zimerman, da Petz.

As informações são do Broadcast.

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