A Auren Energia (AURE3) será a 3ª maior geradora de energia renovável do Brasil após a fusão com a AES Brasil (AESB3) anunciada semana passada e aprovada pelo Conselho de Administração da empresa. A companhia está oferecendo R$ 11,55 por ação da AES Brasil, uma valorização de 18% em relação ao fechamento da quarta-feira (15).
As ações
Segundo o site InvesTalk do Banco do Brasil, é normal que depois de um negócio assim, com companhias listadas na bolsa, a ação da compradora tende a cair e a da adquirida, a subir. Isso porque a “oferta embute um prêmio sobre a cotação da adquirida. Em um mês até ontem (16/5), a ação da AES Brasil teve alta de cerca de 20%”.
Alavancagem
Os investidores observam durante anúncios de fusões e aquisições, o nível de alavancagem da compradora, medido pela razão entre dívida líquida e Ebitda.
Ou seja, é o nível de endividamento medido pelo lucro operacional em 12 meses, que dá uma ideia de quantos anos (exercícios fiscais) serão necessários para gerar o caixa capaz de cobrir essa nova dívida, na explicação do InvesTalk.
A Auren deve alcançar um nível de alavancagem da ordem de 4,9 vezes a dívida líquida/Ebitda ao incorporar a AES Brasil
Sinergias
Investidores também costumam buscar informações sobre sinergias nessas ocasiões. Conforme a Auren, as sinergias corporativas são estimadas pela empresa em R$ 1,2 bilhão em valor presente líquido.
Velha busca da Auren
Desde 2022 a Auren buscava uma aquisição e bateu na trave algumas vezes, como no leilão de privatização da gaúcha CEEE-G, que a Equatorial levou.
A pressão aumentou após a empresa resolver as pendências mais relevantes relacionadas à Cesp (que virou Auren), como o imbróglio judicial com a União sobre a indenização da hidrelétrica Três Irmãos e a redução do contencioso.
(Com informações XP; InvesTalk BB)