A nova tributação sobre o Imposto de Renda (IR) do país deu o que falar nos últimos dias. Isso porque, a nova proposta sugere várias alterações feitas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

Entre as mudanças, foi proposto que os rendimentos de investimentos, como é o caso dos fundos imobiliários (FIIs), não fossem mais isentos de taxação. 

Apesar disso, uma recente decisão entre Guedes e o presidente da Câmara, Arthur Lira, tirou os fundos imobiliários da reta, livrando-os de uma tributação que pretendia taxar em até 15% seus rendimentos. 

Investidores respiram aliviados

A decisão beneficia 1,5 milhão de investidores, que recentemente migraram da poupança para os fundos imobiliários. Portanto, a nova mudança será informada ainda nesta semana. O novo relatório está sendo elaborado pelo deputado Celso Sabino (PSDB-PA).

Dessa forma, no caso do texto ser enviado pelo governo e aprovado da maneira em que se encontra, as novas regras de tributação sobre os fundos imobiliários começaram a valer para investimentos negociados na B3 a partir do ano que vem.

Sem a taxação em cima dos FII, a Receita Federal perde cerca de R$ 850 milhões. Esse valor poderia ser arrecadado com a cobrança de impostos sobre os rendimentos em um ano.

No entanto, a isenção tem seus lados positivos. O impacto sobre a indústria de construção civil é um deles. O setor usa mão-de-obra de maneira intensa e, dessa forma, irá ajudar na retomada do crescimento econômico.

Importância dos fundos imobiliários

Os fundos imobiliários são responsáveis por bancar loteamentos de classe média. Além disso, promovem obras de construção civil em todo o país.

Esse tipo de renda variável vem ganhando destaque. Isso porque, oferece alta liquidez, assim como a possibilidade de diversificação na carteira com poucos recursos. Além disso, com uma volatilidade menor ele oferece mais segurança ao investidor.

De acordo com alguns analistas, a nova tributação poderia causar grandes perdas para o setor de construção civil. A classe de ativos já era tributada em 20% nos casos de ganhos de capital pela valorização das cotas com as vendas.

Em suma, a apresentação do relatório da reforma tributária será na próxima terça-feira (13). Restrita a líderes partidários, Guedes e Lira devem falar. A votação do projeto será somente em agosto.