FMI diz que crise do coronavírus está "longe de acabar" e que mais auxílio é necessário

O número dois do Fundo Monetário Internacional (FMI) apontou no sábado (20) para sinais emergentes de uma recuperação econômica global mais forte, mas alertou que riscos significativos continuam, incluindo o surgimento de mutações do coronavírus.

O vice-diretor-gerente do FMI, Geoffrey Okamoto disse que no início de abril o fundo irá atualizar sua previsão de janeiro para o crescimento global de 5,5%, para refletir investimentos de estímulo fiscais adicionais nos Estados Unidos, mas não forneceu detalhes.

Em um discurso ao Fórum de Desenvolvimento da China, Okamoto levantou preocupações sobre a crescente divergência entre economias avançadas e mercados emergentes, com cerca de 90 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza extrema desde o início da pandemia.

FMI vê sinais de recuperação global mais forte, indicado uma possível retomada

Retomada econômica

Secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal apontou a vacinação em massa como o principal caminho para a retomada da economia e contra a necessidade de uma eventual prorrogação do auxílio emergencial após as próximas quatro parcelas.

Em um evento promovido pela XP Investimentos, ele mencionou outras medidas tomadas pelo governo, como a antecipação do 13º salário dos aposentados e pensionistas e a provável prorrogação de programas como o que possibilita a suspensão de contratos e a redução das jornadas e salários.

Funchal crê que, agora, o foco está no auxílio emergencial e na vacina. “Então o foco é esse e o foco é vacina, são os dois focos. A gente acredita que, andando nessas duas direções, no auxílio e na vacina, naturalmente as coisas vão acabar voltando à normalidade de forma mais rápida. Não sabemos ainda quando vai ser, depende muito desse processo de aceleração da vacinação.”

Ele mostrou confiança na política econômica do governo quanto à responsabilidade fiscal. Desde que foram restabelecidos os direitos políticos do ex-presidente Lula, operadores do mercado vêm temendo uma guinada populista do presidente Jair Bolsonaro em meio à crise provocada pela pandemia e à nova ascensão de Lula no cenário político.

Bruno Funchal não vê esse risco e menciona a aprovação da PEC Emergencial. “Primeiro eu não vejo esse movimento, vejo o presidente preocupado inclusive em vários momentos mostra preocupação em relação ao tamanho da dívida, com a retomada da economia… Ou seja, teve o apoio para passar a PEC e passou”, afirmou.

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