“Com toda a facilidade de investimento e novas modalidades, a poupança, por exemplo, é um recurso que, a médio prazo, vai acabar diminuindo. É preciso pensar em novas soluções”, ponderou Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike.

A Caixa Econômica Federal destacou a necessidade urgente de novas fontes de financiamento para o crédito imobiliário, após mais um trimestre de alta demanda, nos traz a grandeza de muita gente buscando crédito, e pouco recurso disponível. O presidente da Caixa, Carlos Vieira, alertou sobre os limites de financiamento devido ao encolhimento da poupança e ao aumento das captações de mercado. Vieira sugeriu três medidas para resolver o problema: desenvolver o mercado secundário de crédito imobiliário, estimular a participação de fundos de pensão no segmento e destinar recursos dos depósitos compulsórios dos bancos para a linha de crédito imobiliário.

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) revisou de 1,3% para 2,3% a sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do setor para 2024, índice acima das previsões para o PIB Brasil deste ano. Entre as razões estão a alta contínua das contratações, a expectativa positiva das empresas para compras e lançamentos, e a projeção positiva para o crescimento da economia brasileira no ano, além dos efeitos das adequações previstas para o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).

Clausens Duarte, vice-presidente de Habitação de Interesse Social da CBIC, destacou a importância do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como uma fonte essencial de recursos para habitação social e infraestrutura. No entanto, preocupações foram levantadas sobre a possível escassez de recursos até o final do ano, evidenciando a necessidade de suplementação.

Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike, expressou sua preocupação com a desmobilização do FGTS para a habitação, considerando-a uma afronta ao setor. Ele ressaltou a importância de estar atento às mudanças nos processos de contratação que já estão em curso. “Hoje, nós contamos com novos modelos de trabalho que estão diminuindo o vínculo trabalhista. É crucial estar atento a essas transformações“, afirmou Eyng.

Além disso, o CEO da Multiplike destacou a mudança no perfil da população, com a crescente inclusão de novas tecnologias e plataformas digitais. Ele enfatizou a necessidade de atenção aos modelos antigos diante da facilidade de investimento e das novas modalidades disponíveis. “Com toda a facilidade de investimento e novas modalidades, a poupança, por exemplo, é um recurso que, a médio prazo, vai acabar diminuindo. É preciso pensar em novas soluções“, ponderou Eyng.

Eyng ressaltou também, o trabalho realizado pela Multiplike como uma empresa especialista em crédito para construtoras e compartilhou algumas possíveis soluções para os desafios debatidos. O debate sobre financiamento na construção civil está em consonância com iniciativas como o projeto “Melhoria da Produtividade, Competitividade e Empregabilidade do Mercado Imobiliário” da CBIC, refletindo a busca por soluções que impulsionem o crescimento econômico e a geração de empregos no setor.

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