Caro Investidor, 

Você que entrou na onda cripto e não caiu em golpe, pode comemorar! As expectativas para o universo cripto em dezembro são positivas, especialmente para o Bitcoin. O aumento da adoção institucional, como a potencial aprovação de ETFs de Bitcoin, está trazendo novos players para o mercado. Além disso, conforme analistas, o próximo halving do Bitcoin é esperado para reduzir ainda mais sua oferta, aumentando sua escassez e potencial valorização.

Para se ter uma ideia, o Bitcoin apresentou uma variação entre a mínima e máxima, em novembro, de 49%. A dominância caiu para 56%, enquanto no início do mesmo mês, a dominância estava em 60%. A mudança na participação geral do mercado impulsionou a valorização das Altcoins. Entre a mínima e a máxima de novembro, o preço da Solana valorizou 70% e Ethereum 58%. As demais altcoins e tokens seguiram o mesmo ritmo.

Além disso, novembro também é o mês da all time high do Bitcoin, que atingiu um novo recorde de US$ 99.588 no dia 22. No Brasil, o Bitcoin também atingiu novos recordes, superando R$ 590.706, refletindo a valorização global do ativo e a desvalorização do real frente ao dólar.

Soma-se a isso a eleição de Donald Trump, que foi um dos fatores que impulsionaram a valorização do Bitcoin em novembro. Há expectativas de que os EUA passem a adotar políticas mais amigáveis ao setor de criptomoedas.

Para Ana de Mattos, Analista Técnica e Trader Parceira da Ripio, uma das maiores plataformas de criptoativos da América Latina, “o crescimento do Bitcoin, aliado à perspectiva de um ambiente regulatório mais favorável, despertou maior interesse de investidores institucionais pelo mercado cripto. O volume total negociado em ETFs à vista de BTC foi de US$ 95B durante o mês.”

A analista comenta que as projeções para este mês permanecem otimistas, embora seja essencial monitorar fatores macroeconômicos e regulatórios que possam influenciar o mercado. “Investidores devem manter uma abordagem cautelosa, diversificando seus portfólios e acompanhando de perto as tendências do mercado e as políticas governamentais que possam impactar o setor de criptomoedas.”

Influências

Fatores que podem influenciar a continuidade de valorização e novos recordes no preço do Bitcoin incluem as políticas monetárias dos EUA, onde decisões do FED sobre a taxa de juros podem impactar o apetite por ativos de risco, incluindo criptomoedas. Mudanças nas políticas fiscais e regulatórias em países-chave também podem afetar o mercado global de criptomoedas em 2025, segundo Ana de Mattos.

Trump

A vitória de Donald Trump trouxe à tona discussões sobre a criação de uma reserva estratégica nacional de Bitcoin. Durante sua campanha, Trump prometeu transformar os EUA na “capital mundial do Bitcoin” e sugeriu a formação de uma reserva estatal da criptomoeda. Essa iniciativa visa adquirir uma quantidade significativa de Bitcoin ao longo dos próximos anos, posicionando o ativo digital como parte das reservas estratégicas do país, semelhante ao ouro e ao petróleo.

Por aqui

No Brasil, em 25 de novembro de 2024, o deputado federal Eros Biondini (PL-MG) apresentou um Projeto de Lei propondo a criação da Reserva Estratégica Soberana de Bitcoins (RESBit). “A iniciativa visa diversificar os ativos financeiros do Tesouro Nacional, alocando até 5% das reservas internacionais em Bitcoin. E ainda em novembro, o anúncio de um pacote fiscal pelo governo, com medidas de contenção de gastos acompanhado por um projeto de reforma do Imposto de Renda, gerou volatilidade no mercado cambial, afetando a cotação do Bitcoin em reais”, comenta a analista.

Na Europa

Países como Itália e Dinamarca anunciaram planos para aumentar a tributação sobre ganhos com criptomoedas, de 26% para 42% em 2025. Decisão que pode influenciar o mercado europeu em relação à adoção dos criptoativos.

Em alta

Na opinião de Israel Buzaym, diretor de comunicação e especialistas cripto do Bitybank, para dezembro, com destaque para um ambiente regulatório mais favorável após a saída de Gary Gensler da SEC nos EUA, o Bitcoin lidera o ciclo de alta e segue atraindo investidores institucionais, enquanto altcoins ganham relevância pela inovação e pela diversificação que oferecem. 

“A projeção de novos picos para 2025 está alinhada aos ciclos históricos do mercado, mas o curto prazo pode trazer volatilidade devido a movimentos de realização de lucros e ajustes de portfólio”, disse.

No entanto, outras criptos também devem brilhar*. De acordo com Buzaym, a TRON (TRX), por exemplo, teve uma valorização de 60% em 24 horas. “Ela se destaca pelo uso em transferências rápidas de stablecoins, como USDT, com taxas extremamente baixas. Um diferencial importante é que o USDT emitido diretamente pela Tether na rede TRON oferece maior segurança, eliminando riscos associados a bridges ou redes alternativas.”

Outras como XRP, Ethereum (ETH) e Solana (SOL) continuam em tendência positiva devido aos seus fundamentos sólidos e casos de uso específicos.

Atenção, investidores

Além de Bitcoin, Ethereum (ETH) e Solana (SOL), TRON (TRX), merece atenção pela sua eficiência em transações de stablecoins e pela recente valorização, segundo Israel Buzaym. “XRP também é estratégica por sua adoção em transferências internacionais”, comenta. 

De acordo com o especialista, no segmento DeFi, PENDLE, que inova com a tokenização de rendimentos, surge como um ativo promissor. Redes emergentes como NEAR e SUI também são interessantes para diversificação, com potencial de crescimento em 2025. 

“Eu gosto bastante de olhar para moedas de rede, porque a casa sempre ganha. Independentemente de qual memecoin vai valorizar ou ir a zero, a rede Solana vai ganhar, e o token SOL deve valorizar, por exemplo.”

Conforme Rafael Lage, analista CNPI da CM Capital, as Criptomoedas devem continuar a ser muito procuradas no mês de dezembro e começo de 2025. “De modo que a tendência altista do mercado deve continuar.”

Lage destaca*:

  • Além do Bitcoin, o Ethereum e Syntethix que devem continuar a se valorizar.
  • O investidor deveria ficar de olho em Near e Luna. 
  • Regulações governamentais, eventos econômicos Geopolíticos e ataques cibernéticos são eventos que podem mudar a tendência da Criptomoedas.

Gigantes no universo cripto

Renato Duarte, especialista em Investimentos do Grupo Fractal* destaca que a entrada de instituições financeiras gigantescas, como a BlackRock, têm desempenhado um papel crucial no universo cripto. 

“A BlackRock lançou um ETF de Bitcoin, criando um veículo seguro e regulamentado para investidores institucionais acessarem o mercado cripto. Esse movimento aumentou significativamente a demanda por Bitcoin. A entrada de grandes investidores institucionais, como fundos de pensão, não apenas legitima o mercado, mas também atrai outros grandes investidores, criando um ciclo de maior confiança e adoção.”

Outro exemplo, segundo Duarte, é a empresa MicroStrategy, que atualmente é um dos principais compradores de Bitcoin, adquirindo mais do que a quantidade minerada recentemente. Essa estratégia está criando uma escassez ainda maior no mercado, o que, aliado à entrada de novos investidores e à crescente adoção institucional, impulsiona a valorização do ativo.”

Para o investidor, Duarte diz que ele precisa ficar atento a:

  • Ethereum (ETH): Continua sendo uma das criptomoedas mais relevantes por sua base tecnológica robusta. É a principal plataforma para contratos inteligentes e Finanças Descentralizadas (DeFi).
  • Solana (SOL): Frequentemente mencionada como uma concorrente direta do Ethereum devido à sua alta velocidade e baixas taxas de transação. É vista como uma solução promissora para escalabilidade em blockchain, atraindo muitos desenvolvedores que buscam eficiência.
  • NEAR Protocol (NEAR): Projeto que une duas das principais narrativas da atualidade: infraestrutura e inteligência artificial.
  • ONDO (ONDO): Projeto ligado a RWA (Real World Assets), focado na tokenização de ativos do mundo real.

Bitcoin

O Bitcoin encerrou novembro com uma valorização de mais de 30%, destacando-se como um dos ativos de maior retorno no mês. Historicamente, dezembro costuma ser positivo para o mercado cripto em ciclos de alta, mas há indícios de que este ano pode fugir à regra. Para Israel Buzaym, especialista cripto do Bitybank, “em 2025, espera-se o pico do atual ciclo, seguindo o padrão observado em 2013, 2017 e 2021, o que torna improvável que dezembro de 2024 alcance desempenhos comparáveis. Além disso, fatores estruturais e conjunturais sugerem uma possível pressão vendedora no curto prazo”.

No entanto, segundo o especialista, a recomendação principal neste momento é evitar alavancagem excessiva e priorizar uma gestão de risco cautelosa. “O mercado segue promissor, mas exige atenção e estratégia. O cenário atual é uma boa lembrança de que, na volatilidade, estão também as melhores oportunidades.”

(*) Nenhum dos ativos mencionados constitui uma recomendação de investimento.

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