Uma das principais temáticas do ano envolve a inflação, fato que sensibiliza o investidor na hora de escolher os melhores FIIs. Aqui no Brasil, no entorno da variação do IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (principal índice de referência do país), entre diversos relatórios do COPOM ao longo do último ano, presenciamos ajustes nas curvas de juros, aumentos da Selic, e uma inflação que não deu trégua. Cada semana um novo ajuste elevando a estimativa do indicador.
Neste sentindo, os fundos imobiliários sofreram por conta de uma competição mais direta com as alternativas da renda fixa, pois também se ajustam diante de cada variação e disputam pelo interesse dos investidores que buscam rentabilidade e lucro real.
Diversos analistas afirmam que o IPCA alto não é motivo para o investidor sair do fundo imobiliário, mas sim, avaliar criteriosamente as alternativas existentes.
A sensibilidade dos indicadores nos Fundos Imobiliários
Os fundos de tijolos, atualmente entre os mais recomendados pelos analistas conforme as Carteiras do Mês, são aqueles que demoram mais para captar a variação do indicador oficial da inflação, o IPCA. Já àqueles menos expostos à variação, são os fundos de papel, indexados ao CDI que, geralmente, captam a alta por aplicarem seus recursos entre alternativas como LCIs e CRIs.
Neste caso, diversos analistas afirmam que os fundos de papéis também servem como alternativa para se proteger da inflação. O BB Investimento, afirma que fundo de papéis estão atrativos neste momento, principalmente os de CRIs que tenham alta indexação ao índice. Outro indicador interessante é o IGP-M, muito utilizado para os contratos de aluguel e que, geralmente, tende a ser mais alto que o IPCA.
A incerteza com relação ao futuro do setor dos fundos imobiliários para o próximo ano é algo que ainda inibe alguns investidores, contudo, a modalidade está em crescimento e muitos analistas afirma que ainda há muito para evoluir, tanto em quantidade de investidores como em tipo de fundo surgindo como alternativa de investimentos.
Não é hora de sair dos FIIs
Qual a tendência do momento?
Muitos analistas afirmam que o investimento em FIIs não deve ser pautado em temáticas de curtíssimo prazo, mas sim sob um olhar mais amplo em que a tomada de decisão seja baseada no longo prazo visando a renda e a qualidade do produto.
O famoso “1% ao mês” tão deseja pelo investidor brasileiro é algo que pode ser conquistado pelo investidor através dos FIIs, contando ainda com a vantagem da isenção do Imposto de Renda sobre os dividendos distribuídos. Assim, enquanto este cenário se mantiver, os FIIs tendem a ganhar espaço na composição da carteira do investidor brasileiro e, em muitos casos, não apenas como um veículo de complemento de carteira de renda variável, mas sim, com o objetivo de buscar ganhos reais e receita recorrente.
Visão Macro
Nossa cobertura com 9 carteiras recomendadas disponíveis no ambiente FIIs, relatórios e muitas lives, proporciona a oportunidade de conhecer o que cada especialista vê como ideial para o momento. Aqui, realizamos uma verdadeira cobertura com o resumo do que está em pauta dos principais analistas do mercado, bem como, as indicações do momento.
Atualmente, os fundos de papéis estão ganhando espaço nas carteiras dos analistas, pois apresentam condições para manter o pagamento mensal com mais estabilidade dentro de um nível de Yield (juros) competitivo com a renda fixa.
Por outro lado, observamos a sinalização de que há diversos fundos de outras modalidades (tijolos) que estão negociando com P/VP (valor patrimonial) abaixo de sua média, indicando potencial de geração de valor. Dentre as modalidades de tijolos, estão as lajes corporativas e os logísticos como destaque. Já os FIIs de Shoppings apresentam maior sensibilidade ao andamento da pandemia e possíveis medidas restritivas que devem ser acompanhadas ao longo do tempo.
Clube Acionista
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