Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) estão se tornando uma alternativa significativa para o financiamento no setor do agronegócio brasileiro. Segundo dados divulgados pela Uqbar no boletim da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), mais de 2,3 mil fundos estão em operação, totalizando um patrimônio líquido de R$441,27 bilhões. Diante das projeções de redução do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio, os FIDCs estão surgindo como uma opção viável para impulsionar o setor.

A queda no PIB do agronegócio, atribuída à redução na produção agrícola, à supersafra Argentina e Norte Americana, além da diminuição dos preços das commodities, gerou insegurança para alguns investidores locais. No entanto, a manutenção da força de trabalho e a continuidade do ciclo de redução da taxa de juros (Selic) podem impulsionar os investimentos no setor.

Os FIDCs estão emergindo como uma alternativa ainda mais vantajosa para o financiamento do setor, devido à flexibilidade na estruturação das operações e às vantagens como taxas de juros competitivas.

Além disso, produtos financeiros como os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e os Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) têm demonstrado importância nesse mercado, permitindo a securitização de créditos do segmento.

No entanto, existem preocupações relacionadas aos riscos específicos desse mercado, como condições climáticas desfavoráveis, flutuações de preços e questões regulatórias.

Segundo Mickael Paolucci, sócio e cofundador do Grupo Multiplica, é possível mitigar esses riscos por meio da utilização de garantias reais para apoiar o agronegócio. “Para mitigar esses riscos, os fundos podem utilizar garantias reais, como a própria terra em garantia, armazém, produto em fiel depositário, aplicação financeira, entre outros ativos do agronegócio, reduzindo a exposição a possíveis perdas”, explica o executivo.

Apesar das expectativas apontarem para um crescimento menor em comparação ao ano anterior, as perspectivas para este ano ainda são positivas. Sendo assim, esses ativos devem se valorizar a médio e longo prazo, se tornando cada vez mais uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento financeiro de crescimento e consolidação do agronegócio brasileiro.

(Enviado por Tamer Comunicação)

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