A Receita Federal revelou uma lista com mais de 10 mil beneficiários do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), voltado para apoiar empresas afetadas pela pandemia.  

Entre os contemplados estão influenciadores digitais, artistas, clubes de futebol e grandes restaurantes.  

Os dados são do período de janeiro a agosto de 2024 e apontam para grandes renúncias fiscais que foram assunto nas redes sociais.  

Perse: conheça o benefício fiscal que famosos utilizam para driblar a Receita Federal

Quais famosos receberam o Perse?  

A lista do Perse inclui nomes de influenciadores e músicos. Veja quanto eles receberam do programa e por meio de quais empresas.  

  • Felipe Neto:  Empresa Play9 Serviços de Mídia, Comunicação e Produções LTDA – R$ 14,3 milhões 
  • Vírginia Fonseca: Virgínia Influencer LTDA – R$ 4,5 milhões  
  • Gusttavo Lima: Balada Eventos e Produções – R$ 18,9 milhões  
  • Simone Mendes: Simone Mendes Produções Musicais – R$ 8,8 milhões  
  • Luísa Sonza: SG11 & Cia – R$ 562 mil 
  • Felipe Amorim: Felipe Amorim & Cia Produções Artísticas – R$ 3,2 milhões 
  • Zé Vaqueiro: Zé Vaqueiro Original Music – R$ 4,7 milhões; 
  • Mari Fernandez: Mari Fernandez Eventos e Produções – R$ 5,2 milhões. 

Restaurantes e clubes de futebol recebem apoio 

O setor gastronômico também foi beneficiado. O Madero, restaurante do empresário Junior Durski, acessou R$ 69,5 milhões, enquanto o La Guapa, comandado pela chef Paola Carosella, obteve R$ 2,7 milhões em renúncias fiscais. 

Clubes de futebol tradicionais, como Internacional e São Paulo, também estão entre os contemplados. O Internacional acessou R$ 1,4 milhão e teve a folha de pagamento desonerada em R$ 22 milhões. Já o São Paulo recebeu R$ 1,9 milhão. 

Eventos políticos e empresariais 

Grupos responsáveis por eventos que reúnem empresários e políticos também foram beneficiados.  

O Esfera Brasil, de João Camargo, recebeu R$ 19,7 milhões, enquanto o Lide, ligado ao ex-governador João Doria, acessou R$ 458 mil do Perse. 

O que é o Perse?  

Criado pela Lei 14.148 de 2021, o Perse foi criado para auxiliar empresas do setor de eventos, impactado pela pandemia da Covid-19, oferecendo isenções tributárias, renegociação de dívidas e indenizações.  

O programa foi idealizado para amparar negócios que ficaram paralisados durante a crise sanitária devido à proibição de aglomerações. 

Coincidindo com a divulgação dos dados, o prazo para autorregularização de empresas que utilizaram os benefícios fiscais do Perse terminou na terça-feira (18).  

Mais de 6 mil empresas foram notificadas pela Receita Federal sobre irregularidades na adesão ao programa ou uso inadequado dos benefícios. 

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