O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) anunciou nesta terça-feira, 3, em medida extraordinária, que decidiu cortar os juros dos fed funds em 50 pontos-base, para a faixa entre 1,0% e 1,25%. A instituição diz em breve comunicado que os fundamentos para a economia dos Estados Unidos “continuam fortes”, mas que o coronavírus representa “riscos à atividade econômica”.
“Diante desses riscos e em apoio à busca das metas de máximo emprego e estabilidade de preços, o Comitê Federal de Mercado Aberto decidiu hoje reduzir a faixa dos fed funds”, diz a nota.
“O Comitê monitora de perto os acontecimentos e suas implicações para a perspectiva econômica e usará todos os instrumentos para agir como apropriado para apoiar a economia”, ressalta o texto.
O comunicado informa ainda que a decisão de política monetária desta terça foi unânime.
Conforme Ilan Arbetman da equipe de Equity Research da Ativa Investimentos
“Recebemos com surpresa a decisão do FOMC em cortar ½ ponto percentual, com a taxa permanecendo agora em 1 a 1,25%.
De fato, tínhamos sinais crescentes que teríamos ações mais preponderantes por parte dos Bancos Centrais Globais. O próprio encontro telefônico do G-7 já corroborava a necessidade do aprofundamento das discussões acerca de politica econômica e a necessidade de implementá-las em âmbito global.
Ainda assim, o corte de 50 bps não nos parece um movimento de proteção e sim de antecipação, sobretudo diante de um panorama onde os desdobramentos do Coronavírus ainda não são completamente tácitos.
Há duas formas de se ver o movimento atual:
Positivamente, há proatividade e pode ser possível que a medida contenha os efeitos do corona, que deram forte sinal de impedância com os PMIs chineses.
Por outro lado, o corte pode significar que há algo maior na matriz de riscos e que, mesmo com o movimento, é possível observar maiores movimentos de desaceleração global, procura por mecanismos de hedge e efeito-contágio nos preços dos ativos globais, o que promoveria suas quedas.
O FOMC acendeu a luz vermelha, passando muito abruptamente pela amarela e, novamente, tal gap na comunicação pode acabar sendo mais prejudicial que positivo ao mercado.
Quanto às carteiras, buscamos refugo em consolidados players nacionais que dialogassem menos com a ebulição externa. Desta forma, estamos confortáveis com nossas posições atuais e a princípio, não prevemos nenhuma mudança nas carteiras”.
Fonte: Ativa Investimentos e Estadão
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