O faturamento do primeiro semestre do comércio eletrônico, no Estado de São Paulo, alcançou R$ 19 bilhões, registrando alta de 36,1% em relação ao mesmo período de 2020. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico (PCCE), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) em parceria com a Ebit/Nielsen.
O resultado expressivo consolida o comércio eletrônico como um canal de vendas que conquistou a confiança dos consumidores de todas as classes sociais (inclusive as menores) durante a pandemia de covid-19. A utilização de dispositivos eletrônicos é uma tendência considerada irreversível, mesmo que o consumidor não finalize a compra pela internet, pois muitas pessoas lançam mão dos canais digitais para pesquisar preços e condições antes de se direcionarem ao estabelecimento físico.
O resultado expressivo do primeiro semestre foi impulsionado pelo tíquete médio, que aumentou 17,7% em relação ao ano passado, atingindo R$ 456. Além disso, houve alta de 15,6% no número de pedidos, alcançando a marca de 41,7 milhões no período.
Dentre os setores, os bens duráveis lideram o ranking, com crescimento de 51,8%. O faturamento alcançado foi de R$ 13,8 bilhões. Fatores como mais confiança das famílias em relação ao mercado de trabalho, flexibilização das medidas de restrição e parcela maior da população vacinada favorecem as condições de consumo, principalmente para os itens que compõem o segmento, como é o caso dos materiais de construção e de demais itens para o lar. Na sequência, estão os bens semiduráveis, com alta de 13,3%, e os não duráveis, com crescimento de 2,9%.
Nas regiões analisadas, o crescimento do faturamento foi mais expressivo no ABCD e em Guarulhos, embora todas as demais tenham apontado crescimento. Ambas as regiões, cresceram, respectivamente 156,6% e 117%, na comparação com o mesmo período do ano passado. A capital paulista, por sua vez, registrou crescimento de 10,3%.
Perspectivas
O comércio eletrônico deve continuar o ritmo de crescimento nos próximos meses, principalmente em razão de duas datas importantes para o setor: Black Friday e Natal. No entanto, na avaliação da Federação, é importante que o empreendedor acompanhe a evolução das variáveis determinantes do consumo, tais como emprego, renda e inflação, para poder traçar a sua estratégia de vendas de forma eficiente.