Segundo o ONS, a linha Santa Rita – Equatorial, que apresentou a falha, é mantida desligada até avaliação pela Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), distribuidora local. Ainda de acordo com o órgão, a “demora” na recomposição de cargas no Estado foi devido a uma “sequência de eventos”, com três desligamentos do transformador da subestação que fica em Macapá e é responsável pela distribuição de energia na cidade.
O apagão desta terça-feira afetou 13 municípios do Amapá. A população voltou a ficar no escuro após o incêndio na subestação de Macapá que destruiu um transformador e danificou outro, que voltou a funcionar quase quatro dias depois. Naquele caso, o transformador era operado pela transmissora de energia, a Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LTME).
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o fornecimento no Estado já foi restabelecido em 80% da capacidade, mesmo patamar de antes do desligamento ocorrido na noite de ontem. A CEA informou que a energia voltou à 1h desta quarta e, após isso, a distribuidora voltou ao fornecimento em rodízio às 4h nos bairros que ainda estavam totalmente no escuro.
Na nota, o ONS traçou uma linha do tempo da interrupção no fornecimento de energia nesta terça. Segundo o órgão, às 20h27 ocorreu um desligamento automático do transformador da subestação Macapá, apenas no lado da distribuição, e da hidrelétrica Coaracy Nunes, provocando uma interrupção de 183 MW de carga no Amapá.
Às 20h51 foi iniciado o processo de recomposição e retomada gradual das cargas. No entanto, às 21h03, houve novo desligamento no transformador da subestação Macapá. A nova tentativa de retomada de carga se iniciou às 21h10, porém, às 21h20 ocorreu o terceiro desligamento do transformador. Às 21h36 foi iniciada nova retomada de carga, com conclusão 01h04 desta quarta, informou o ONS.
Inicialmente, o ONS afirmou que a linha de transmissão Santa Rita, que é mantida desligada para avaliação, era da Equatorial Energia. Em nova nota, o operador do sistema elétrico não cita mais que a linha é de propriedade desta empresa, citando apenas “Santa Rita – Equatorial”.
Caso anterior. A empresa responsável pela subestação em Macapá que pegou fogo levou quase um ano para enviar um transformador que estava inoperante para conserto. Com problemas desde dezembro, o contrato de reparo do equipamento foi assinado em setembro, mas o Estadão apurou com duas fontes que o transporte do transformador até Santa Catarina, onde será feita a manutenção, começou apenas no último domingo.
A subestação é operada pela LTME, que deveria ter três transformadores prontos para levar energia ao Estado. A reportagem questionou a empresa sobre onde estava o equipamento danificado desde dezembro neste momento. Inicialmente, a resposta foi que estava com o fabricante para reparos especializados na fábrica, em Santa Catarina. Depois, corrigiu, afirmando que estava em trânsito, a caminho da fábrica. A concessionária foi questionada sobre o dia exato do embarque do transformador, mas disse que nenhuma outra informação seria divulgada. A Gemini Energy detém 85,04% de participação na linha, e 14,96% são da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM).
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