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Faixa de Risco: cenário local e global nas decisões de juros

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Imagem Copilot (IA)

A política monetária, que envolve as decisões de juros, navega por águas turbulentas influenciada por fatores locais e globais. Mesmo com a expectativa de cortes das taxas pelo Federal Reserve (Fed) dos EUA se adiando, os bancos centrais latino-americanos seguem caminhos próprios, ajustando suas taxas conforme as dinâmicas internas.

Ações dos Bancos Centrais e as decisões de juros

Historicamente, o Fed lidera as tendências monetárias globais. No entanto, as recentes decisões indicam que bancos centrais em economias desenvolvidas como o BCE e o BoE estão cortando juros independentemente do Fed. Na América Latina, a situação se repete. Ajustando suas taxas conforme a inflação e outros fatores domésticos, embora o cenário internacional não possa ser ignorado.

Contudo, aqui no Brasil notamos uma “sensibilidade” maior dos mercados com as estimativas internacionais. Uma forma de observar é a compatibilidade de dois fatores com os desempenhos dos investimentos: saída de fluxo estrangeiro e oscilação das taxas do Treasury de 10 anos dos EUA.

Enquanto o primeiro leva a nossa bolsa local para correções, a segunda coloca os títulos de renda fixa como por exemplo a NTNB aos níveis acima de IPCA+6%. Dessa forma, além dos desafios locais, estamos a mercê do sentimento global para os investimentos.

Desafios pela frente

Não há muitos motivos para o Fed tomar o risco de reduzir juros antes da hora. Em caráter conceitual, estima-se que o efeito dos juros na economia só acontece após 12 a 18 meses da decisão. Se isso é fato, ainda estamos absorvendo decisões monetárias de 2023.

Olhando para os números, a inflação ao consumidor está diminuindo, mas a inflação de serviços persiste, pressionada por fatores como inércia inflacionária e mercados de trabalho. Além disso, estímulos fiscais contínuos complicam a flexibilização da política monetária. Esse cenário se aplica em vários países da América Latina.

Por exemplo, o Brasil enfrenta um crescimento significativo das despesas, o que pressiona a dívida pública. No México, aumentos no salário mínimo e gastos fiscais elevados aumentam a demanda. Colômbia e Chile mostram tendências distintas, com a Colômbia mantendo uma política fiscal expansionista e o Chile ajustando seus gastos, mas enfrentando inflação elevada.

Decisões Recentes e Expectativas

No Brasil, o Copom cortou a taxa de juros em 0,25 pontos percentuais, mas enfrenta divisões internas que podem influenciar futuras decisões. Espera-se mais dois cortes, levando a taxa para 10%. Contudo, essa projeção deixa de ser consenso a cada dia que passa, pois analistas e instituições divergem cada vez mais de opinião ao atualizar seus modelos.

Olhando para o Latam, o Banxico no México, manteve as taxas estáveis em 11,00%, mas um ciclo de cortes deve iniciar em junho, projetando-se 9,25% até o final do ano. Na Colômbia, o BanRep reduziu os juros para 11,75%, com expectativa de atingir 8,5% até o final de 2024. No Chile, o BCCh deve continuar cortando juros, esperando-se uma taxa de 4,50% até meados de 2025.

De olho nos investimentos

A volatilidade nos mercados e períodos de correções mais prolongadas são comuns em épocas de divergências na política monetária entre os países. O fluxo do dinheiro importa e isso impacta os mercados emergentes, principalmente quando o cenário contracionista está no lado do país desenvolvido (quem tem o dinheiro para investir).

Portanto, aqui temos uma janela de oportunidade e um viés de risco.

O primeiro se enquadra para aqueles dispostos a esperar, assumindo a chance de “surfar” na próxima tendência (olhando para renda fixa indexada a inflação, commoditites, financeiro, saúde e indústria).

Por outro lado, o segundo deveria observar o risco atual, com a chance de alta do dólar e o aumento da aversão ao risco dos investidores (optando por títulos com cupom, ativos estáveis e com receita recorrente, bem como o câmbio).

A diversificação entre modalidades poderá ajudar no controle dos investimento. Ao considerar que o cenário ainda é incerto, com possibilidade de divergências políticas dos Bancos Centrais ao redor do mundo, você precisa traçar um estratégia que seja adaptável às mudanças.

Quer saber quais as recomendações para investir? Veja as análises e sugestões conforme diversos analistas no Clube Acionista, por aqui.

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Gustavo Guerses

Especialista em Investimentos e Gestão CEA; CFG e CGA pela Anbima, Corretor de Capitalização Seguros e Previdência pela ENS, Promotor de Crédito e Correspondente no País pela ANEPS e Conselheiro do Portal Acionista. Te ajudo a construir uma carteira de investimentos. Agende uma consulta aqui.
Wealth Manager CEA CEA
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