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📈 CENÁRIO ECONÔMICO & MERCADOS

O dia decisivo para as decisões de política monetária, repleto de expectativas quanto aos sinais a serem emitidos pelos formuladores de políticas e para o que isto pode significar para o futuro das moedas.

Localmente, o recrudescimento da pandemia, com a elevação constante do número de óbitos eleva cada vez mais o peso político sobre as decisões a serem tomadas, como o que ocorreu na Petrobras.

Entretanto, a pretensa independência do Banco Central, ainda que sancionada por lei desde o dia 24 do mês passado; terá seu primeiro teste de fogo hoje, com a necessidade do Banco Central elevar os juros em ao menos 50 bp.

Apoiadores do governo já buscam as mais mirabolantes explicações para a atual inflação; alguns ao ponto de sugerir que existe um complô de empresários contra o governo, o que demandaria um controle de preços.

Longe de qualquer irracionalidade, o cenário atual de inflação não tem nada de surpreendente, ao menos para nós, que alertamos que a série de choques que se desenhava desde o ano passado, mesmo com momentos de breve alívio das pressões de preços (inflação dita transitória), desembocaria no atual
contexto.

Um dos problemas fundamentais foi a insistência em uma política de juros excessivamente frouxa, longe dos fundamentos primordiais da economia brasileira, ainda mais inseridos num contexto pandêmico altamente controverso, o que levou ao capital externo nos preterir por parceiros menos instáveis entre nossos pares, com consequências nítidas no câmbio.

Cresce, portanto, a expectativa em relação ao comunicado, pois a necessidade de sinalizar ao mercado que o BC está prestes a combater tal distorção é de suma importância e necessita uma resposta à altura do desafio.

No curto prazo, todos os indicadores de inflação têm superado as expectativas dos analistas e se dependesse tão somente destes parâmetros e da mudança das projeções de longo prazo, a atuação do COPOM seria consideravelmente mais dura, o que também traria consequências políticas pesadas no atual momento.

Já o FOMC tem uma missão igualmente complexa, porém com foco diferente, dados os estímulos adotados nos EUA. Ainda que também sofram com uma inflação de curto prazo; basicamente oriunda do choque de oferta e de preço de commodities, nada tende a mudar em termos de juros, ao menos este ano.

📊 ABERTURA DE MERCADOS

A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa pela decisão de juros do FOMC.

Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, na cautela pela decisão do FOMC.

O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.

Entre as commodities metálicas, altas, com destaque ao cobre e à prata.

O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, devido aos temores de menor demanda nos próximos meses, mesmo com a chegada do verão.

O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,97%.

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