Segundo estimativas do Instituto Aço Brasil, entidade que engloba indústrias siderúrgicas, o setor sinaliza expansão superior a 5% nas vendas domésticas de aço no próximo ano, vs. um crescimento projetado de apenas 0,5% para esse ano.
A estimativa mais recente para esse ano é de que o volume comercializado some 18,88 milhões de toneladas e, para 2021, 19,89 milhões de toneladas.
Para o consumo aparente (vendas locais mais importações) há uma previsão de um recuo de 1%, para 20,78 milhões de toneladas. Em relação a 2021, porém, a entidade prevê alta de 5,8%, atingindo 21,97 milhões de toneladas. A projeção para o incremento do consumo aparente de aços planos é de 6%; em longos, de 5,5%.
A produção brasileira de aço bruto deve fechar 2020 em 30,75 milhões de toneladas, com retração de 5,6%. Assim como outros setores, a indústria siderúrgica sentiu forte retração de demanda por seus produtos no início da pandemia, tendo te desligar uma série de altos-fornos.
Para Marcos Faraco, a oferta e demanda deverão se ajustar em algumas semanas. O Aço Brasil projeta exportações 16,3% menores (10,72 milhões de toneladas), enquanto as importações devem cair 17,4%, em 1,95 milhão de toneladas.
Em novembro, o uso da capacidade instalada das usinas chega a 68,4%, acima dos 63% esperados para o ano antes da pandemia.
Impacto: Positivo. Assim como outros setores, o de mineração e siderurgia também sofreu certo recuo com a pandemia, tendo de fechar alguns altos-fornos. No entanto, a oferta e a demanda já vêm se ajustando, de maneira que em novembro, a capacidade instalada das usinas superou o volume esperado pré-pandemia.