A Cosan publicou Comunicado ao Mercado manifestando-se em relação a evolução e os impactos gerados pela pandemia do novo Coronavírus nos negócios das empresas do grupo. As informações são preliminares e baseiam-se nos dados disponíveis até o momento.
A ação CSAN3 registrou queda de 5,6% para R$ 53,50/ação, equivalente a um valor de mercado de R$ 21,1 bilhões, acumulando este ano; baixa de 23,1% que se compara a desvalorização de 31,7% do Ibovespa no mesmo período.
Destaques das companhias do Grupo Cosan
• Raízen Combustíveis. As vendas de combustíveis apresentaram contração, tendo chegado a 50% no ciclo otto (Gasolina e Etanol) e 25% no Diesel. Já no segmento de Aviação, a demanda segue impactada pela redução das malhas operadas por seus principais clientes, chegando a cair até 80%;
• Raízen Energia. A demanda por Etanol tem apresentado uma redução em linha com a menor demanda por combustíveis. No Açúcar, as vendas já haviam sido contratadas para a safra 2020/21 que acaba de iniciar, não tendo apresentando impactos relevantes na sua programação de comercialização;
• Comgás. A demanda por gás natural no segmento Industrial sofreu redução de até 40%, concentrada em alguns setores da indústria que suspenderam ou reduziram suas atividades. No segmento Comercial, a demanda vem apresentando retração de até 60%, enquanto no segmento Residencial observa-se expansão da demanda em cerca de 10% em função da restrição na circulação dos indivíduos;
• Moove. A demanda por Lubrificantes vem apresentando redução média de cerca de 50% nas últimas semanas, no Brasil e nos demais países de atuação.
A Cosan reitera que tem adotado cautela em suas ações e tomado as medidas necessárias para garantir a preservação da saúde; integridade e segurança de seus colaboradores, garantindo a continuidade de suas operações essenciais. A empresa abordará as medidas tomadas e os principais impactos da pandemia nos seus negócios, em Videoconferência pública, a ser realizada no dia 23 de abril de 2020.
Dentre as medidas anteriormente divulgas pela companhia, a (i) suspensão das projeções financeiras (guidance) para 2020; a (ii) declaração pela Raízen de “força maior” nas compras de etanol das usinas de cana-de-açúcar em meio à queda da demanda de combustível no Brasil; a (iii) aprovação pelo Conselho de Administração da Cosan, do Programa de Recompra de até 10,0 milhões de ações ordinárias de sua emissão, representativas de aproximadamente 2,54% do capital total e 7,37% das ações em circulação (free float), pelo prazo de 18 meses vigorando até 15 de setembro de 2021.
Ao final de 2019 a companhia possuía uma dívida líquida de R$ 13,2 bilhões equivalente a 2,0x o EBITDA. Em 2019 o lucro líquido ajustado cresceu 23% para R$ 1,6 bilhão, refletindo a alta de 22% da Receita Líquida para R$ 73,0 bilhões e o incremento de 12% no EBITDA ajustado que somou R$ 5,6 bilhões. Os investimentos foram de R$ 3,1 bilhões no ano passado.
Confira os principais destaques das empresas
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