Indústria de Fundos 555 no Brasil termina 2022 com 24.326 fundos, cerca de 25 milhões de cotistas e patrimônio de R$ 5,275 trilhões.
A Economatica levantou os números da indústria de fundos classificados como “555” ao longo de 2022: Ações, Cambial, Multimercados, Previdência e Renda Fixa. Neste estudo são destacadas as evoluções da quantidade de fundos, da quantidade de cotistas, do patrimônio dos fundos, assim como a captação realizada por eles. Para chegar a um montante mais preciso de patrimônio na indústria, foi eliminada a dupla contagem do percentual que é alocado em fundos da mesma gestora com base nas carteiras publicadas pelas gestoras na CVM. Este percentual é multiplicado pelo valor captado pelo fundo e, então, a parcela que é do mesmo gestor é descartada do total captado. Esta metodologia permite calcular o patrimônio e a captação total de forma mais precisa. Variação da Quantidade de Fundos em 2022 Os fundos Multimercados saíram de 12.683 em janeiro, chegando a 13.397 em dezembro (+5,6%). Essa é a maior classe de fundos. A quantidade de fundos de Previdência foi a que mais cresceu (+14,8%), chegando a .3814 fundos no final de 2022. A menor variação do período foi dos fundos de Ações (+4,2%), que eram 3.848 no início do ano, chegando a 4.010 no final. Os fundos de Renda Fixa no final do ano eram 3.038, sendo a segunda classe que mais cresceu (+8,2%). Já os fundos Cambiais eram 64 no início e 67 no final do ano. |
Variação da Quantidade de Cotistas em 2022 Ao longo de 2022, a indústria de fundos 555 viu a quantidade de cotistas fazer um movimento em “V”, saindo de 23,900 milhões de cotistas em janeiro, decrescendo até 23,279 em maio, a partir de quando retomou o crescimento até chegar em 25,207 milhões de cotistas em dezembro. Entre as cinco classes de fundos, apenas Multimercados e Renda Fixa terminou o ano com crescimento de cotistas. Em dezembro, eram 5,492 milhões em Multimercados e 12,461 milhões em Renda Fixa (esta é a maior classe). Por outro lado, Ações, Previdência e Cambial perderam cotistas. O destaque negativo é Ações, que teve a queda mais acentuada, perdendo cerca de 541 mil cotistas ao longo do ano. |
Variação do Patrimônio dos Fundos em 2022 Toda a indústria de fundos 555 tinha um patrimônio de R$ 5,046 trilhões no início do ano, chegando a R$ 5,275 trilhões ao final de 2022 (+4,5% entre janeiro e dezembro). Renda Fixa continua sendo a maior classe de fundos, chegando a R$ 2,763 trilhões em dezembro (+7,8, apesar da redução entre novembro e dezembro). Os fundos de Previdência foram os únicos a crescerem consistentemente em todos os meses, chegando a um patrimônio de R$ 1,099 trilhão em dezembro. Os fundos Multimercados terminaram o ano com um patrimônio quase idêntico àquele do primeiro mês do ano (+0,4%), finalizando 2022 com um patrimônio total de R$ 1,045 trilhão. Os fundos de Ações são o destaque negativo, com patrimônio decrescente ao longo dos meses, terminando o ano com um patrimônio de R$ 360,2 bilhões (-20,6% nesse intervalo). Os fundos Cambiais tiveram patrimônio variando entre R$ 7,5 e R$ 8,9 bilhões. |
Captação Líquida dos Fundos em 2022 Ao longo de 2022, em toda a indústria o volume de resgates superou o de aplicações em R$ 16,705 bilhões. Os meses com maiores captações positivas foram junho (+R$ 115,7 bi) e maio (+R$ 56,6 bi). Os maiores volumes de resgates foram em dezembro (-R$ 109,2 bi) e novembro (-R$ 26,6 bi). Os fundos de Renda Fixa contribuíram bastante com essas variações, pois houve captação positiva de R$ 110,7 bilhões em junho e captação negativa de R$ 103,3 bilhões em dezembro. Em todo o ano, a classe de Renda Fixa perdeu R$ 6,4 bilhões. A classe de fundos de Previdência foi aquela com mais fluxos positivos ao longo dos meses, tendo captação positiva em 9 dos 12 meses. A captação líquida do ano foi positiva em R$ 17,6 bilhões. Fundos Multimercados tiveram 9 meses negativos e 3 positivos, porém, em maio a captação líquida foi de R$ 92,4 bilhões, compensando as baixas dos outros meses, terminando o ano no positivo em R$ 31,4 bilhões. Fundos de Ações tiveram captação negativa em 11 dos 12 meses, foi o pior desempenho nesse critério. No ano, a captação foi negativa em R$ 59,9 bilhões. Já os fundos Cambiais tiveram captação positiva em R$ 582 milhões. |
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