CENÁRIO ECONÔMICO & MERCADOS

O rally de três dias seguidos nas bolsas de valores internacionais já cobra seu preço natural de correção, o qual mantido dentro dos parâmetros de normalidade, é algo salutar a um mercado tão marcado pela volatilidade recente.

O dado de pedidos de auxílio desemprego nos EUA ontem, batendo todos os recordes históricos alterou bastante os rumos da discussão sobre as paralisações para a contenção do COVID-19; que até agora tinha tomado contornos políticos dicotômicos e pode lançar um debate mais sóbrio sobre os impactos econômicos do evento.

Até mesmo o G20, que havia emitido alertas bastante contundentes sobre o vírus, soltou uma declaração ontem à noite o tema: “Comprometidos em proteger vidas, salvaguardar empregos e renda”.

Eis a necessidade de se discutir a questão em termos mais maduros, exatamente no momento em que os EUA ultrapassam a China em número de casos registrados; ainda que as medidas de contenção humana tenham se antecipado fortemente aos eventos, conforme avançavam na Europa. Houve falha ou total inevitabilidade?

Os EUA são o segundo país em dimensões continentais a sofrer com o surto da doença e a quantidade acelerada de testes gera também estatísticas aceleradas. Ainda assim, o Brasil tende a passar por situação estatística semelhante, ainda que as medidas de contenção estejam em voga fortemente em diversas localidades.

Ou seja, aqui, estamos próximos da aceleração da curva de infectados, internados e infelizmente, mortos. O que colocamos mais de uma vez em voga aqui é o seguinte: precisamos pensar com equilíbrio. Pela premissa citada acima, seria prudente ao Brasil aguardar mais alguns dias para entender em que direção a doença se moverá por aqui. Neste ponto, um fim do shutdown nas próximas semanas soa imprudente, principalmente para o sistema de saúde.

Ainda assim, já é nítida a necessidade de se discutir como será feito o retorno à normalidade, que precisa ocorrer de maneira gradual, de modo tanto a preservar o emprego e a renda dos mais vulneráveis, como a vida dos igualmente vulneráveis, estes pela saúde.

A agenda de hoje reserva os desagregados do PIB americano, inflação ao atacado no Brasil e confiança do consumidor nos EUA, este último mais relevante, em vista aos eventos correntes no mundo.

ABERTURA DE MERCADOS

A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com a correção dos ativos, após 3 dias de rali.

Na Ásia, fechamento em alta, após movimento acelerado nos mercados ocidentais.

O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.

Entre as commodities metálicas, quedas, exceção à platina.

O petróleo abre em queda, com a menor demanda global.

O índice VIX de volatilidade abre em alta de 9,95%.

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