A quinta-feira (14) não teve nada de #tbt em mais um índice de inflação da economia dos EUA divulgado. Em janeiro, os preços ao produtor (IPP) registraram alta de 0,2% em dezembro, abaixo dos 0,4% esperados e anteriores. Enquanto isso, o IPP anual atingiu 3,3%, abaixo dos 3,5% esperados, mas acima dos 3% de novembro.

Na análise de Andressa Durão, economista do ASA, ela destaca que o PPI ficou acima do esperado pelo mercado, ao acelerar bem em relação a dezembro. O núcleo do PPI, que exclui os preços de Alimentação e Energia, também ficou acima do esperado. O núcleo acelerou na média móvel trimestral anualizada, mas desacelerou em 12 meses.

“O PPI foi o segundo indicador de inflação divulgado neste mês. Alguns de seus subíndices apresentam comportamento semelhante a componentes do núcleo do PCE (Personal Consumption Expenditures), índice de referência para a meta de inflação do Fed, e servem de base para as estimativas do mercado”, comenta.

Entretanto, segunda a economista, apesar da surpresa altista do PPI, os componentes de Serviços médicos e Passagens aéreas vieram fracos em janeiro, gerando efeito contrário nas estimativas para o Core PCE, a ser divulgado no final do mês. “Após terem sido revisadas para cima com o CPI de ontem, agora as projeções do mercado serão revisadas para baixo. Ontem Powell tinha chamado atenção para o fato de que o Fed considera o Core PCE para avaliar a inflação e que aguardaria o PPI de hoje. O Índice de Preços de Importação será divulgado nesta sexta (15).”

Inflação aponta para queda de juros?

Na visão de Daniel Siluk, diretor global de curta duração e liquidez da Janus Henderson, o piso está claro. “O FED não deve reduzir mais a taxa de juros. “Não importa a maneira como o FED escolha dividir os dados –números gerais, núcleo, supernúcleo– todos vieram acima do esperado”, disse.

De acordo com Siluk, tanto as estimativas anualizadas de três meses quanto as de seis meses também vieram mais altas. “Embora os números do CPI do início do ano sejam conhecidos pelos fatores sazonais e pela distorção, o mercado de trabalho está claramente estável e os sinais econômicos não asseguram condições mais fáceis. Todos os sinais sugerem que a taxa básica de juros neutra deveria ser mais alta”, comenta o especialista.

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