Caro Investidor!

Você também está notando a diferença no clima natalino da bolsa de valores em relação ao ano passado? Lembra da euforia do Ibovespa fechando acima dos 134 mil pontos em 2023 mais ou menos nesta época? Agora é #tbt, melhor evitar o sofrimento dessas lembranças e olhar para frente. Assim como tem outras pessoas, outros amores, há outros investimentos, como ETF, por exemplo.

São 20 anos de história dos ETFs no Brasil, mas menos de 1% dos ativos investidos no país estão nessa classe de ativos. O mercado global de ETFs soma US$ 14 trilhões. No Brasil, são R$ 50 bilhões, frente a uma indústria de fundos mútuos de R$ 9 trilhões. As informações são do blog da B3, Borra Investir. 

Conforme a iHUB Investimentos, os ETFs (Exchange Traded Funds) representam uma maneira “inovadora e estratégica de diversificar os investimentos no mercado financeiro. Combinando a simplicidade das ações com a diversificação dos fundos, os ETFs oferecem aos investidores uma oportunidade acessível e eficiente de gerir suas decisões financeiras”, diz o artigo(*) publicado no Acionista.

Por que investir?

Um ETF oferece uma combinação única de diversificação, semelhante aos fundos de investimento, com a facilidade de negociação de ações individuais. “Isso significa que, ao adquirir cotas de um ETF, o investidor tem acesso a uma variedade de ativos — ações, títulos, ou outros instrumentos financeiros — de forma simplificada”, segundo a iHUB. 

Os ETFs permitem que os investidores participem de diversos mercados e setores econômicos globalmente, sem a necessidade de gerenciar individualmente cada investimento, o que é uma vantagem. Essa característica não apenas otimiza a diversificação, mas também reduz o risco associado a concentrar investimentos em um único ativo ou setor.

Esse tipo de investimento é reconhecido por suas taxas geralmente mais baixas em comparação com fundos ativos, uma vez que a maioria segue um índice de referência, resultando em custos operacionais reduzidos. 

Por meio do investimento em ETFs, o investidor pode explorar estratégias variadas e se beneficiar de ferramentas e conteúdos que facilitam a avaliação e escolha dos melhores ETFs para necessidades financeiras específicas.

A iHUB destaca no seu artigo a Carteira Global de ETFs desenvolvida pela Quantzed, em parceria com a Investo, tem o foco na diversificação global e voltada para investidores moderados e agressivos. 

“A carteira é composta exclusivamente por ETFs, garantindo liquidez e mantendo um beta histórico estável com baixa volatilidade em relação ao Ibovespa e ao S&P 500. As atualizações da carteira são mensais, permitindo ajustes extraordinários conforme necessário. O portfólio é inteiramente automatizado, oferecendo volatilidade reduzida, retornos consistentes e alocação descentralizada do mercado interno, semelhante a um fundo multimercado, mas sem custos associados a come-cotas ou taxas de administração e performance.”

Riscos – Investir em ETFs é uma escolha estratégica para muitos investidores devido às suas vantagens de diversificação e custos acessíveis. Mas é fundamental compreender os riscos associados a essa modalidade: eles compartilham os riscos de mercado dos ativos que replicam, portanto, uma queda geral no mercado provavelmente afetará o valor do ETF. Também há o risco de liquidez, principalmente em ETFs que focam em nichos de mercado ou ativos mais específicos. “Esse risco pode resultar em possíveis spreads maiores entre os preços de compra e venda, elevando os custos de transação”, diz a iHUB.

Já o risco de taxa de câmbio é relevante, pois as flutuações cambiais podem impactar o valor do ETF mesmo que os ativos subjacentes mantenham seu valor estável. Por fim, os ETFs enfrentam “riscos operacionais relacionados à eficiência da gestão e possíveis erros administrativos na replicação do índice de referência, o que pode afetar seu desempenho”.

(*) “Ressaltamos que este texto serve somente como informação e não deve ser considerado como uma recomendação para comprar ou vender ativos de nenhuma natureza.”

Ativos dolarizados

Para João Gentina, especialista em investimentos no exterior da WIT Invest, as melhores opções para quem deseja investir em ativos dolarizados depende da capacidade financeira e dos objetivos do investidor. “Para quem tem patrimônio líquido acima de R$ 1 milhão, o envio de recursos para o exterior pode ser vantajoso, pois o custo da remessa é compensado pelos retornos potenciais e pelas oportunidades estratégicas disponíveis nos mercados globais”, explica.

Já para aqueles com um património líquido mais baixo, Gentina sugere as alocações locais através de ETFs que são mais econômicas e práticas. “ETFs como WRLD11 (diversificação global), IVVB11 (índice S&P 500), BNDX11 (renda fixa global) e USDB11 (renda fixa dos EUA) oferecem aos investidores brasileiros acesso a ativos internacionais com custos reduzidos. No entanto, os ETFs locais ainda acarretam riscos regulatórios e geográficos brasileiros, portanto a abordagem ideal depende do equilíbrio entre conveniência, custo e necessidades de diversificação”.

Empresas americanas – o especialista da WIT Invest, disse que investir diretamente em empresas americanas é uma excelente forma de acessar oportunidades na maior bolsa de valores do mundo, mas não é a única opção. 

“Para os investidores brasileiros, existem formas mais acessíveis de alcançar a diversificação global, como os ETFs negociados na B3, a bolsa de valores do Brasil. Estes instrumentos permitem a exposição aos mercados globais sem a necessidade de enviar fundos para o estrangeiro, reduzindo assim as barreiras à entrada.”

Nos gráficos abaixo, alguns dos ETFs destacados no site da ADVFN. Confira aqui.

(Reprodução/ADVFN)

Recomendações 

A Carteira ETF Macro recomendada para dezembro da Genial – Para o mês de dezembro de 2024,os analistas da Genial recomendam compra de Ishares BOVA (BOVA11), Hashdex Ethereum (ETHE11), Hashdex Nasdaq Crypto Index FI (HASH11), NYSE FANG+ (TECK11) e Ouro (GOLD11), com alocação de 20% para cada ativo. No mês de novembro de 2024, a Carteira de ETF Macro avançou 7,50% contra o Ibovespa que apresentou queda de -3,12% no mesmo período.

A CM Capital recomenda:  IVVB11; ALUG11; GOLD11; WRLD11; BOVA11.

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