A Economatica realizou um estudo abrangente das principais contas de resultado de empresas que compõem o índice Brasil Amplo (IBRA), escolhido por possuir um volume expressivo de ativos em comparação ao Índice Bovespa (IBOV). A amostra do estudo incluiu 170 empresas de diversos setores da economia nacional, considerando os resultados do último trimestre de 2021 e 2022, bem como o resultado consolidado do ano fiscal.

É possível observar um aumento na mediana da receita líquida das empresas nos períodos analisados. Comparando o quarto trimestre de 2021 com o mesmo período de 2022, observa-se um aumento de 9,6% na receita líquida. Já em relação ao resultado anual, a mediana da receita líquida apresentou um aumento considerável de 16% de um ano para o outro.

Ao analisar as maiores receitas líquidas de 2022, a Petrobras desponta no topo da lista, registrando R$ 641 bilhões de receita, o que representa um impressionante aumento de 41,7% em comparação ao ano anterior. A Vale também figura entre as empresas com maiores receitas, fechando o ano de 2022 com R$ 226,5 bilhões. No entanto, é importante destacar que a Vale apresentou uma queda de 22,8% na receita anual em relação ao resultado do ano anterior.
Outro indicador analisado no estudo é o EBITDA, que é uma medida do desempenho operacional das empresas. A mediana do EBITDA da amostra apresentou uma queda de 5% na comparação entre o quarto trimestre de 2021 e 2022, embora tenha registrado um aumento de 2,4% no resultado anual.
Ao analisar as maiores variações do EBITDA ano contra ano, a Petrobras lidera a lista novamente, com um acréscimo de 32,3% no EBITDA consolidado. Outras empresas que se destacam são Suzano, com um aumento de 17,6%, e Raízen, com um aumento de 14,9%.
Quanto aos lucros líquidos das empresas, o estudo revela um aumento de 9,6% nas medianas comparando o quarto trimestre de 2021 e 2022, e um aumento de 16% no resultado anual.
Dentre as empresas da amostra que mais lucraram, temos outra vez a Petrobras no topo da lista, com R$ 188 bilhões no resultado anual de 2022 e R$ 43,3 bilhões somente no último trimestre do ano.

No entanto, o destaque de maior variação do lucro líquido ano contra ano é a Suzano, com aumento de 171% do seu lucro líquido em 2022. Somente no último semestre, a Suzano apresentou um aumento de 222% no lucro líquido 4T22 versus 4T22.

É importante notar, entretanto, que mesmo com o aumento nas receitas e lucros das empresas, as margens apresentaram uma compressão significativa.
Há uma redução significativa na mediana da margem bruta anual, com queda de 7,4% no resultado, e de 3,4% no último trimestre de 2022.

A margem EBITDA também sofreu uma compressão mais acentuada, registrando uma queda de -4,8% no resultado trimestral e -8% no resultado anual, em comparação ao ano anterior.

No entanto, a margem líquida foi a que apresentou o maior impacto entre os períodos analisados. Em 2021, a mediana da margem líquida das 170 empresas era de 11,5%, mas foi comprimida para 6,4% no resultado de 2022.

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