Pouca atenção ao macro de curto prazo e muita procura por oportunidades fáceis de entender. Este é um dos ensinamentos de Peter Lynch, um gestor ícone, que multiplicou o capital de muitos que investiram com ele. Lendário da gestora Fidelity Magellan, de 1977 a 1990, gerando cerca de 29% ao ano, na média, multiplicando o capital em 26x, em dólares.

Autor da frase: “Os declínios do mercado são grandes oportunidades para se comprar ações de empresas pelas quais você se interessa. As correções deixam empresas excepcionais a um preço de oferta”.

É como tratar o mercado como uma “feira” de ações. Analogia já feita por Henrique Bredda, gestor do fundo Alaska.

Se hoje você vai a uma feira e encontra todos os produtos pela metade do preço, o que você faz?

O mercado da Bolsa de Valores deveria ser tratado da mesma maneira. De certa forma as ações deveriam ser irrelevantes, a Bolsa é um balcão de negócios, serve de referência apenas para comprar ou vender alguma coisa, ou melhor, um local onde comprador e vendedor se encontram. Reparou alguma semelhança com a feira? A diferença é que em um se negocia ações e no outro frutas e verduras.

Por que nos comportamos de forma diferente nesses dois ambientes? Se o preço cai na feira é ótimo, se o preço cai na Bolsa é péssimo. Por este comportamento destrutivo em nosso mercado (Bolsa), vemos pessoas entrando em períodos de alta e resgatando nas baixas. Provocando estragos, feridas e frustrações em um mercado que oscila, como vários outros.

 Um estudo realizado pela gestora de recursos Bogari Capital, mediado pela EXAME, mostra quão lucrativo pode ser comprar ações em períodos de pessimismo generalizado.

Flavio Sznajder, sócio da Bogari Capital, admite que rendimentos passados não são garantia de ganhos futuros e que o investidor que entra na bolsa hoje também pode ter decepções no curto prazo. A estratégia do fundo da Bogari Capital consiste em comprar ações aos pouquinhos, quando a bolsa cai muito e os preços se tornam atrativos demais para serem ignorados.

Sznajder acredita que os investidores devem aproveitar os momentos de baixa não para comprar os papéis que mais caíram, mas para colocar na carteira as empresas que sofreram demais injustamente. Para reforçar ele cita Benjamin Graham, o inventor da profissão de analista de investimentos e maior guru de Warren Buffett: “No curto prazo, as ações são avaliadas por sua popularidade, mas, no longo prazo, pela sua substância”.

Nesta linha reforçamos para que você considere os ensinamentos que a Bolsa vem nos proporcionando: projetos de curto prazo não servem para nada, em pouco tempo podem ser destruídos por um extremo momentâneo.

Se você não investir pensando em carregar posições por anos, com a disciplina de aportes constantes e ajustes de acordo a sazonalidade, é melhor nem começar, volte para renda fixa e acompanhe os rendimentos via inflação. Pois na modalidade conservadora é mais confortável.

Nos dias de fortes quedas é onde separamos aqueles que se dizem profissionais, dos que vão trabalhar mesmo com 40 graus de febre. Dos torcedores de momento, daqueles fiéis a uma linha de pensamento e disciplina ante qualquer cenário.

Aos mais modernos: separamos quem é Raiz e quem é Nutella.

Assim, aproveitamos para enfatizar o que já foi escrito em outros textos: toda decisão precisa levar em consideração os riscos, se a queda forte foi por uma questão de especulação, mas que os fundamentos seguem iguais, então faz todo sentido entrar. Por outro lado, se por questões de fundamentos as ações caíram muito, comece a repensar sua estratégia.

Desapegue do preço inicial de sua compra, olhe para os investimentos, neste caso para as ações de forma empresarial, julgando desempenhos e resultados especificamente pelo comportamento corporativo. Vale a pena ser sócio desta empresa? Questione-se.

Nunca foi tão relevante ter uma carteira diversificada. Arme-se como se tivesse em uma guerra, ataque com os soldados certos, defenda-se com barreiras sólidas e proteja-se com bons escudos.

Em escala de mais defensivos aos mais agressivos, considere: – Renda Fixa -> Juros Longos -> Fundos -> Dólar -> Ouro -> FIIs -> Ações.

Promessas não pagam dívidas, riscos geralmente são avaliados pela ótica de alguma opinião, portanto exponha-se com algo que consiga lidar de forma consciente e com conhecimento.

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