O balanço financeiro da Engie (EGIE3) referente ao primeiro trimestre de 2024 (1T24) veio em linha com as expectativas de analistas do BTG Pactual, que observa um impacto positivo no resultado da companhia com a venda parcial da TAG.
A empresa apresentou um EBITDA (lucro antes juros) ajustado de R$ 1,52 bilhão, que, embora esteja em linha com as projeções do banco, reflete uma queda de 4% em relação ao ano anterior.
Essa redução foi atribuída à venda da Usina Termelétrica Pampa Sul em junho de 2023, parcialmente compensada por custos de compra de energia mais baixos e resultados mais fortes na transmissão.
O segmento de geração registrou um EBITDA ajustado de R$ 1,37 bilhão, um recuo de 6% em relação ao ano anterior devido a volumes de energia vendida menores e preços mais baixos.
No entanto, houve um aspecto positivo com a redução nos custos de compra de energia devido ao cenário hidrológico favorável.
“A venda parcial da TAG, com a alienação de 15% da participação em janeiro, teve um impacto significativo nos resultados, contribuindo com R$ 1,35 bilhão para o EBITDA”, considerou o BTG.
Porém, apesar do desempenho forte da TAG, com um EBITDA de R$ 1,88 bilhão, 6% acima das expectativas do banco, houve uma queda de 6% em relação ao ano anterior devido a reajustes tarifários negativos e menores taxas cobradas dos consumidores.
No geral, o lucro líquido ajustado da Engie ficou em R$ 704 milhões, abaixo das estimativas do BTG Pactual, refletido por uma taxa de imposto de renda maior do que o esperado e despesas financeiras menores.
“Embora os desafios persistam, especialmente no cenário regulatório e de preços, permanecemos neutros em relação à Engie, reconhecendo seu potencial, mas destacando as incertezas em relação ao ambiente competitivo”, disse o BTG.
Nesta quarta-feira (8), as ações da companhia operam em alta de 2,85% a R$ 42,92.