A ENGIE Brasil Energia (EBE) registrou no 3T20 um lucro líquido de R$ 490 milhões, com queda de 34% em relação ao lucro líquido de R$ 743 milhões do 3T19 que havia sido impactado por efeito não recorrente de R$ 212 milhões, somado ao aumento das despesas financeiras líquidas, por maior endividamento (+8,3% em base trimestral). Com isso no acumulado de 9M20 o lucro alcançou R$ 1,8 bilhão (+4,4% ante o 9M19).
Cotada a R$ 43,30/ação, equivalente a um valor de mercado de R$ 35,3 bilhões, a ação EGIE3 registra queda de 13,2% este ano. Seguimos com recomendação de COMPRA e Preço Justo de R$ 50,00/ação que traz um potencial de alta de 15,5%.
Destaques
A receita operacional líquida no 3T20 somou R$ 3,2 bilhões, 28,7% acima do montante apurado no 3T19 (R$ 2,5 bilhões) explicado principalmente por forte incremento de R$ 684 milhões da receita de construção entre os trimestres, reflexo dos investimentos em execução no segmento de transmissão (Gralha Azul e Novo Estado).
A quantidade de energia vendida no 3T20, sem considerar as operações de trading, foi de 9.617 GWh (4.355 MW médios), volume 4,3% inferior ao comercializado no 3T19. Já o preço médio dos contratos de venda de energia, líquido dos tributos sobre a receita e das operações de trading; foi de R$ 196,5/MWh no 3T20, valor 3,8% superior ao registrado no 3T19.
O EBITDA no 3T20 alcançou R$ 1,4 bilhão, com redução de 9,4% em comparação a igual trimestre do ano anterior; em função da forte base de comparação, elevada principalmente por ganho não recorrente de R$ 321 milhões no 3T19. A margem EBITDA caiu 18,8pp entre os trimestres comparáveis para 44,6%. No acumulado do ano o EBITDA cresceu 9,1% para R$ 4,2 bilhões (com queda de 5,5pp na margem EBITDA para 49,4%).
Os investimentos totais da EBE no 3T20 foram de R$ 1,1 bilhão. Ao final de setembro de 2020 a dívida líquida da companhia era de R$ 11,2 bilhões (2,0x o EBITDA); com incremento de 4% em relação ao 2T20 (R$ 10,8 bilhões e alavancagem de 1,9x o EBITDA).