A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou que o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 1,18% em março. No mês anterior, o índice havia registrado alta de 1,98%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 5,02% no ano e de 14,63% em 12 meses. Em março de 2021, o índice subira 2,99% no mês e acumulava elevação de 31,16% em 12 meses.
‘O reajuste dos combustíveis, subitem com peso destacado nos índices da família IGP, não influenciaram o comportamento desta edição do IGP-10, cujo período de coleta foi encerrado no dia 10/03/2022. As principais fontes de pressão no IPA foram soja (7,32% para 8,75%), cuja cotação segue em elevação e, ovos (-0,12% para 20,62%), refletindo os efeitos sazonais próprios dessa época do ano ‘, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 1,44% em março. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de 2,51%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de 0,89% em fevereiro para 1,69% em março. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 1,17% para 13,58%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,90% em março. No mês anterior, a taxa foi de 0,69%.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 1,89% em fevereiro para 1,07% em março. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 6,51% para 2,96%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,74% em março, após subir 1,13% no mês anterior.
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de 4,50% em fevereiro para 1,60% em março. As principais contribuições para o recuo da taxa partiram dos seguintes itens: minério de ferro (8,06% para -2,57%), milho em grão (9,22% para 3,00%) e mandioca/aipim (3,29% para -8,09%). Em sentido ascendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos itens soja em grão (7,32% para 8,75%), suínos (-15,82% para 9,48%) e arroz em casca (-0,23% para 10,74%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,47% em março. Em fevereiro, o índice havia apresentado taxa de 0,39%. Três das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Alimentação (1,09% para 1,54%), Habitação (0,11% para 0,49%) e Despesas Diversas (0,20% para 0,24%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: hortaliças e legumes (8,19% para 12,71%), tarifa de eletricidade residencial (-1,44% para -0,20%) e serviços bancários (0,09% para 0,20%).
Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,50% para -0,02%), Comunicação (0,59% para -0,04%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,05% para -0,03%), Transportes (0,18% para 0,16%) e Vestuário (0,51% para 0,41%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: cursos formais (4,08% para 0,00%), tarifa de telefone residencial (2,77% para -1,14%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,45% para -0,16%), etanol (-2,36% para -6,08%) e calçados (0,98% para 0,15%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,34% em março. No mês anterior a taxa foi de 0,61%. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de fevereiro para março: Materiais e Equipamentos (0,75% para 0,27%), Serviços (1,66% para 1,08%) e Mão de Obra (0,28% para 0,27%).