A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou que o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) variou 0,60% em julho. No mês anterior, o índice havia registrado variação de 0,74%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 9,18% no ano e de 10,87% em 12 meses. Em julho de 2021, o índice subira 0,18% no mês e acumulava elevação de 34,61% em 12 meses.
“A inflação ao produtor avançou sob influência dos preços dos alimentos e dos combustíveis. Entre os alimentos, o leite industrializado foi o destaque registrando alta de 16,30%. Já entre os combustíveis, o destaque foi do Diesel com alta de 10,91%. A aceleração do IPA não foi mais intensa dada a queda dos preços de commodities importantes. Minério de ferro (de -2,86% para -5,93%), milho (de -0,31 para -3,31%) e algodão (de 6,32% para -9,15%) registraram recuos em suas cotações diante do risco de recessão global. Já no IPC, gasolina (-1,49%) e energia (-1,45%) refletem parcialmente a redução do ICMS em seus números, o que favoreceu a desaceleração observada na taxa de variação do IPC”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
Dentre os indicadores, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,57% em julho. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de 0,47%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de 0,01% em junho para 0,99% em julho. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -0,25% para 1,52%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 1,18% em julho. No mês anterior, a taxa foi de 0,57%.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 1,57% em junho para 1,59% em julho. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 7,81% para 9,07%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,03% em julho, após variar 0,30% no mês anterior.
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de -0,29% em junho para -0,91% em julho. As principais contribuições para o recuo da taxa partiram dos seguintes itens: minério de ferro (-2,86% para -5,93%), algodão em caroço (6,32% para -9,15%) e cana-de-açúcar (2,32% para -0,93%). Em sentido ascendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: bovinos (-3,44% para 2,13%), mandioca/aipim (-7,13% para 6,35%) e suínos (-7,91% para 15,99%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,42% em julho. Em junho, o índice havia registrado taxa de 0,72%. Sete das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Transportes (0,45% para -0,41%), Educação, Leitura e Recreação (3,15% para 1,52%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,84% para 0,24%), Vestuário (1,83% para 0,80%), Comunicação (-0,25% para -0,79%), Despesas Diversas (0,66% para 0,22%) e Habitação (0,13% para 0,07%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: gasolina (0,24% para -1,49%), passagem aérea (16,35% para 6,99%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,64% para -1,34%), roupas (2,04% para 0,99%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,59% para -1,79%), serviços bancários (0,78% para 0,11%) e taxa de água e esgoto residencial (3,74% para 0,00%).
Em contrapartida, apenas o grupo Alimentação (0,42% para 1,48%) apresentou acréscimo em sua taxa de variação. Nesta classe de despesa, a maior influência partiu do item laticínios, cuja taxa passou de 3,94% para 8,81%.
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,26% em julho. No mês anterior a taxa foi de 3,29%. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de junho para julho: Materiais e Equipamentos (1,66% para 0,94%), Serviços (0,69% para 0,59%) e Mão de Obra (5,30% para 1,67%).