Em julho de 2022, a produção industrial nacional subiu 0,6% frente a junho, na série com ajuste sazonal, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a julho de 2021, na série sem ajuste, a indústria recuou 0,5%, segunda taxa negativa seguida nessa comparação. No ano, a indústria acumula queda de 2,0% e, em 12 meses, o acumulado foi -3,0%.

A produção industrial cresceu 0,6% em julho de 2022, eliminando o recuo de 0,3% verificado no mês anterior, quando interrompeu quatro meses consecutivos de resultados positivos e que acumularam expansão de 1,9%. Duas das quatro grandes categorias econômicas e dez dos 26 ramos pesquisados tiveram alta na produção. Com esses resultados, o setor industrial ainda se encontra 0,8% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 17,3% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.

Entre as atividades, as influências positivas mais importantes foram assinaladas por produtos alimentícios (4,3%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,0%) e indústrias extrativas (2,1%).

Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (10,0%), de metalurgia (2,0%), de celulose, papel e produtos de papel (2,1%) e de outros equipamentos de transporte (5,0%).

Por outro lado, entre as dezesseis atividades que apontaram redução na produção, máquinas e equipamentos (-10,4%), outros produtos químicos (-9,0%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-5,7%) exerceram os principais impactos em julho de 2022.

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Vale destacar também os recuos nos ramos de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-22,0%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-7,8%), de produtos de metal (-3,9%), couro, artigos para viagem e calçados (-5,6%), de produtos de madeira (-7,2%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-4,1%).

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens intermediários (2,2%) e bens de consumo semi e não duráveis (1,6%) assinalaram as taxas positivas em julho de 2022. Com esses resultados, a primeira eliminou a perda de 2,2% acumulada nos meses de maio e junho de 2022; e a segunda voltou a crescer após recuar 0,9% no mês anterior.

Por outro lado, os setores produtores de bens de consumo duráveis (-7,8%) e de bens de capital (-3,7%) recuaram nesse mês, com a primeira interrompendo dois meses consecutivos de crescimento, período em que acumulou avanço de 10,2%; e a segunda intensificando a queda de 1,9% registrada no mês anterior.

Média móvel trimestral avança 0,2% no trimestre encerrado em julho

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria teve variação positiva de 0,2% no trimestre encerrado em julho de 2022 frente ao mês anterior, após as taxas positivas em junho (0,1%), maio (0,4%) e abril (0,5%) últimos.

Entre as grandes categorias econômicas, os resultados positivos nesse mês vieram de bens de consumo semi e não duráveis (0,6%), bens de consumo duráveis (0,5%) e bens de capital (0,4%), com o primeiro avançando pelo segundo mês seguido, mas com intensidade menor que em junho (0,8%); o segundo permanecendo na trajetória ascendente iniciada em março de 2022; e o terceiro eliminando parte da queda de 0,8% em junho último. O setor de bens intermediários teve variação nula (0,0%), após recuar 0,5% em junho, quando interrompeu a trajetória ascendente iniciada em novembro de 2021.

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Frente a julho de 2021, a indústria recua 0,5%

Na comparação com igual mês de 2021, o setor industrial recuou 0,5% em julho de 2022, com resultados negativos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 16 dos 26 ramos, 47 dos 79 grupos e 56,0% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que julho de 2022 (21 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (22).

Entre as atividades, as principais influências negativas no total da indústria vieram de outros produtos químicos (-9,9%), máquinas e equipamentos (-9,3%), indústrias extrativas (-3,8%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-13,0%) e produtos de metal (-9,2%).

Vale destacar também as contribuições negativas dos ramos de produtos de minerais não metálicos (-4,8%), de produtos de madeira (-13,3%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-7,7%), de metalurgia (-2,7%), de móveis (-14,8%), de produtos têxteis (-10,0%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-4,7%) e de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-10,1%).

Por outro lado, ainda em relação a julho de 2021, entre as dez atividades em alta, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (8,6%) e produtos alimentícios (4,3%) exerceram as maiores influências na formação da média da indústria.

Outros impactos positivos importantes foram registrados por bebidas (12,7%), celulose, papel e produtos de papel (10,3%), veículos automotores, reboques e carrocerias (2,0%), couro, artigos para viagem e calçados (6,7%) e outros equipamentos de transporte (7,9%).

Entre as grandes categorias econômicas, ainda no confronto com julho de 2021, bens de capital (-5,8%) teve a queda mais acentuada entre as grandes categorias econômicas. O setor produtor de bens de consumo duráveis (-0,8%) também recuou, enquanto bens intermediários mostrou variação nula (0,0%). Por outro lado, o segmento de bens de consumo semi e não duráveis (0,8%) apontou a única taxa positiva entre as grandes categorias econômicas.

O setor de bens de capital caiu 5,8% em julho de 2022 frente a igual período de 2021, interrompendo dois meses de alta nessa comparação. O segmento foi influenciado, principalmente, pela queda em bens de capital para fins industriais (-16,6%). Os demais resultados negativos foram de bens de capital para equipamentos de transporte (-2,2%), agrícolas (-6,2%) e de uso misto (-2,2%). Por outro lado, os impactos positivos vieram de bens de capital para energia elétrica (24,8%) e para construção (12,6%).

Bens de consumo duráveis recuou 0,8%, após avançar 2,3% em junho, quando interrompeu onze meses de taxas negativas nessa comparação. O setor foi pressionado pelas quedas na fabricação de eletrodomésticos da ‘linha marrom’ (-15,3%) e da ‘linha branca’ (-9,2%).

Vale citar também as quedas nos grupamentos de outros eletrodomésticos (-20,0%) e de móveis (-18,7%). Por outro lado, os principais impactos positivos vieram de automóveis (15,5%) e de motocicletas (10,4%).

Ainda no confronto com igual mês de 2021, o segmento de bens intermediários mostrou variação nula (0,0%) em julho de 2022, após as taxas negativas em junho (-1,8%) e maio (-0,9%). O resultado desse mês foi explicado pelos recuos nas atividades de outros produtos químicos (-9,8%), indústrias extrativas (-3,8%), produtos de metal (-8,7%), produtos de minerais não metálicos (-5,0%), máquinas e equipamentos (-10,2%), metalurgia (-2,7%), produtos de borracha e de material plástico (-2,5%) e produtos têxteis (-5,4%), enquanto as pressões positivas vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (11,6%), produtos alimentícios (5,8%), celulose, papel e produtos de papel (11,3%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (7,5%). Ainda nessa categoria, vale citar os resultados dos insumos típicos para construção civil (-6,6%) e de embalagens (1,4%).

O setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis cresceu 0,8% em julho de 2022 frente a igual período do ano anterior, quarto resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação, mas o menos intenso dessa sequência. O desempenho positivo nesse mês foi explicado pelos avanços dos grupamentos de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (3,7%) e de carburantes (2,1%). Por outro lado, houve quedas nos grupamentos de semiduráveis (-4,3%) e de não duráveis (-2,4%).

O setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis cresceu 0,8% em julho de 2022 frente a igual período do ano anterior, quarto resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação, mas o menos intenso dessa sequência. O desempenho positivo nesse mês foi explicado pelos avanços dos grupamentos de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (3,7%) e de carburantes (2,1%). Por outro lado, houve quedas nos grupamentos de semiduráveis (-4,3%) e de não duráveis (-2,4%).

Todas as grandes categorias econômicas acumulam quedas no ano

No índice acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial assinalou queda de 2,0%, com resultados negativos em quatro das quatro grandes categorias econômicas, 19 dos 26 ramos, 57 dos 79 grupos e 62,5% dos 805 produtos pesquisados.

Entre as atividades, as principais influências negativas no total da indústria foram registradas por produtos de metal (-11,7%), indústrias extrativas (-3,3%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-13,3%), produtos de borracha e de material plástico (-8,7%) e metalurgia (-5,0%). Vale destacar também as contribuições negativas assinaladas pelos ramos de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,7%), de produtos têxteis (-14,6%), de móveis (-19,1%), de produtos de minerais não metálicos (-5,1%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-8,2%) e de máquinas e equipamentos (-2,5%).

Por outro lado, ainda na comparação com janeiro-julho de 2021, entre as sete atividades que apontaram expansão na produção, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (10,0%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria. Outros impactos positivos importantes foram registrados por bebidas (4,2%), produtos alimentícios (0,9%) e celulose, papel e produtos de papel (2,2%).

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os sete primeiros meses de 2022 mostrou menor dinamismo para bens de consumo duráveis (-10,2%), pressionada, em grande parte, pelas reduções verificadas na fabricação de eletrodomésticos da ‘linha branca’ (-20,0%) e da ‘linha marrom’ (-13,0%) e de automóveis (-4,1%). Os segmentos de bens intermediários (-1,7%), bens de capital (-1,6%) e bens de consumo semi e não duráveis (-0,8%) também recuaram, embora menos do que a média da indústria (-2,0%).

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