A Ouro Verde encerrou o ano de 2021 com um lucro líquido recorrente de R$ 57,9 milhões, crescimento de 338,9% em comparação ao ano de 2020. Além disso, registrou EBITDA de R$ 447,1 milhões – um aumento de 42,7% em relação ao período anterior. Somente no último trimestre de 2021, o EBITDA chegou aos R$ 123,1 milhões, evolução de 74,8% na comparação com 2020.
O desempenho demonstra o fortalecimento da atuação da companhia nos segmentos de gestão e terceirização de frotas de veículos leves e pesados, com investimentos significativos e ampliação da frota no ano passado.
A companhia comprovou a resiliência da operação diante de um cenário de desabastecimento de veículos novos. No último ano, a empresa registrou um capex recorde de R$ 1,6 bilhão e chegou ao número inédito de 35.447 veículos e equipamentos disponíveis, um crescimento de 51% em comparação com 2020. Desse total, mais de 31 mil estão locados.
‘A ampliação da nossa frota foi impulsionada por uma estratégia de calendarização que nos permitiu garantir o estoque de ativos quando o mercado sofreu uma retração importante, devido à falta de semicondutores no mercado global causada pelos impactos da pandemia’, pondera Cláudio Zattar, CEO da Ouro Verde. ‘Foi assim que conseguimos manter a competitividade e garantir o nível de nossos serviços com ativos e prazos adequados a boa parte de nossos clientes’.
O acerto na estratégia teve reconhecimento também da acionista da companhia, a Brookfield, gestora global de ativos com presença em mais de 30 países. Ao longo do ano, a investidora realizou dois aportes na empresa, totalizando R$ 212,3 milhões, destinados à aquisição de veículos leves, máquinas e equipamentos pesados para a expansão dos negócios no mercado nacional.
A companhia registrou também um avanço de 12,4% na receita líquida operacional, que totalizou R$ 917,2 milhões em 2021, contra os R$ 815,8 milhões registrados em 2020. Já a receita líquida de serviços foi de R$ 647,4 milhões, um aumento de 23,7% sobre o ano anterior. Na comparação entre o 4T21 e 4T20, a receita operacional líquida chegou a R$ 248,4, variação positiva de 27%, e a receita líquida de serviços foi R$ 179,4 milhões, um aumento de 39,7%.
‘O segmento de gestão e terceirização de frotas ganhou força ao longo do último ano. Os números mostram que a atividade deixou de ser uma tendência para se tornar realidade. Atuamos ativamente para garantir o crescimento e a desenvolvimento da companhia para atender às demandas de nossos clientes. Estamos focados na geração de valor’, avalia Zattar.
Ampliação no mercado nacional
Ao longo do último ano, a Ouro Verde fortaleceu todas as frentes de atuação. ‘Quando comparamos os resultados do último ano com 2020, registramos um aumento de 76,1% sobre o lucro bruto e de 11,6 pontos percentuais da margem bruta. Esses crescimentos foram fortemente influenciados pelo aumento da receita líquida de serviços, com contratos de gestão e terceirização de frotas e melhora na margem bruta da venda de ativos’, analisa Carlos Moreira, CFO da companhia.
No segmento de veículos leves, por exemplo, a receita líquida de R$ 419,2 milhões em 2021, uma alta de 11,0% em relação ao ano de 2020. Na avaliação do 4T21, a receita líquida foi de R$ 125,2 milhões, aumento de 30,8% sobre o 4T20, número apoiado pelo crescimento de 55,8% da receita de serviços.
Com investimentos em expansão e na renovação da frota, a empresa ampliou a frota em 64,6% e iniciou a sua atuação em novos negócios, como a Ouro Verde Smart, que fortalece a estratégia de digitalização da companhia e amplia a participação no segmento de PMEs, cooperativas e profissionais liberais.
Na divisão de equipamentos pesados e maquinários, a companhia registrou um avanço da receita líquida de R$ 498 milhões no ano passado, com crescimento de 13,7% em relação a 2020. Na comparação entre o 4T21 e 4T20, a receita líquida de veículos pesados cresceu 23,3%, atingindo atingiu R$ 123,1, e ampliou a frota em 21,8%.
A margem bruta na venda de ativos atingiu resultados expressivos, impulsionada pelo aumento dos preços médios de venda dos veículos leves e pesados, compensando a queda dos volumes vendidos. A margem bruta consolidada de serviços e venda de ativos subiu 11,7 pontos percentuais no 4T21, em função da elevação da receita líquida.
Além disso, a idade média dos veículos da companhia foi reduzida entre 2020 e 2021. Em veículos leves, passou de 16,6 meses para 14,5 meses. Já na frota de máquinas e equipamentos pesados, reduziu-se de 47,1 meses para 39,6 meses. As reduções são ocasionadas pelo aumento significativo da frota com veículos novos e a venda dos ativos usados com idade superior.
Dívida líquida
Com um perfil de dívida alongado, com apenas 3,6% com vencimento no curto prazo, a dívida líquida da companhia chegou ao valor de R$ 1,9 bilhão, crescimento de 79,1% em comparação ao ano de 2020. O valor é justificado pelos investimentos realizados ao longo do ano.
O índice de cobertura da dívida de curto prazo é de 272%. A companhia encerra o ano com uma posição de caixa de R$ 213 milhões, valor capaz de cobrir as amortizações das dívidas até 2023.