O Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 2,1 pontos em maio, para 98,3 pontos, o maior nível desde outubro de 2021 (99,1 pontos), segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o índice segue a tendência positiva ao subir 3,0 pontos

‘A confiança do setor de serviços segue em trajetória favorável pelo terceiro mês consecutivo. A alta desse mês foi, mais uma vez, influenciada tanto pela melhora na percepção do volume de serviços no mês quanto pela evolução favorável das expectativas. Outros pontos positivos são a aproximação do nível neutro de 100 pontos e a disseminação entre os segmentos. No curto prazo, ainda é possível imaginar uma continuidade da trajetória positiva com a liberação de recursos que podem estimular a demanda, recuperando assim; as perdas ocorridas ao longo da pandemia. No médio e longo prazo, o ambiente macroeconômico desfavorável parece ser um fator impeditivo’, avaliou Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.

A alta do ICS atingiu 9 dos 13 segmentos pesquisados. O resultado deste mês foi influenciado tanto pela melhora na avaliação das empresas sobre a situação atual quanto das perspectivas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA-S) avançou 2,1 pontos, para 98,1 pontos, maior nível desde dezembro de 2013 (99,1 pontos). O Índice de Expectativas (IE-S) subiu 1,9 ponto, para 98,5 pontos, maior nível desde dezembro de 2021 (98,7 pontos).

Indicador de Desconforto

A alta do Índice de Situação Atual (ISA-S) nos últimos três meses contribuiu para interromper o período de queda do índice em médias móveis trimestrais. Na passagem de 2021 para 2022, o ISA-S vinha perdendo força da recuperação iniciada no início do ano passado; mas com as recentes altas, a virada para o segundo trimestre foi positiva. No mesmo período, o Indicador de Desconforto (composto pela média das parcelas padronizadas demanda insuficiente, taxa de juros, problemas financeiros, pandemia, fatores políticos e econômicos como limitações a melhoria dos negócios) também mostra sinais de recuperação e agora o indicador em médias móveis trimestrais registra a menor distância desde o início da pandemia para o ISA-S na mesma métrica (21,6 pontos).

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