A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 11 de janeiro, com a participação de 60 membros da Nabe, para avaliar como as empresas veem as condições de negócios nas próprias companhias ou em seus setores, bem como a perspectiva de curto prazo. Há “preocupação disseminada de que se entre em recessão neste ano” no país, afirma a presidente da associação, Julia Coronado, em relatório sobre a pesquisa. Segundo ela, pela primeira vez desde 2020 a maioria dos consultados espera queda, e não aumento no emprego em suas companhias nos próximos três meses.
Mais da metade dos que responderam à pesquisa acreditam que os EUA já estão em recessão (3%); ou entrarão em recessão nos próximos 12 meses (53%). Em outubro, porém, era ainda maior esse grupo: 64% dos consultados acreditavam que o país já estava em recessão ou entraria nela nos 12 meses seguintes.
Em momento de foco na inflação, as empresas consultadas continuavam a repassar ao menos parte de seus aumentos de custos para os consumidores. Segundo 77%, suas empresas repassavam todo ou parte desses aumentos, enquanto 13% diziam que não ocorriam repasses desse tipo no quadro atual.
Outro ponto destacado na pesquisa é que metade dos consultados reportou não haver problemas para conseguir trabalhadores, insumos ou bens de capital. Já 40% disseram que ainda enfrentavam problemas para conseguir pessoal qualificado. Entre os que passavam pelo problema, 14% indicaram que a falta de trabalhadores já começava a perder fôlego, e 33% esperavam que isso melhorasse em 2023.