A empresa anunciou que pretende recomprar, através de sua controlada Petrobras Global Finance BV até US$ 2 bilhões em títulos de sua emissão com vencimento entre 2023 e 2030. Ao lado desta recompra, a Petrobras também anunciou a disposição em captar US$ 1 bilhão.
Após o pregão, a Petrobras informou a precificação da emissão de US$ 1 bilhão. Os títulos terão vencimento em 2031 e juros de 5,6% ao ano, com pagamentos nos dias 3 de janeiro e 3 de julho de cada ano, iniciando em janeiro do próximo ano.
É positivo verificar a Petrobras voltando a administrar sua dívida, com captações menores que as recompras. Isso ocorre após um início de ano difícil com a pandemia, quando a empresa teve de captar R$ 45 bilhões, aproximadamente, para reforçar seu caixa. Estes valores de créditos rotativos já foram pagos.
Ao final do 2T20, a dívida líquida em reais da Petrobras (incluindo arrendamentos) era de R$ 390 bilhões, 2,6% maior que no trimestre anterior e 21,6% acima do 2T19. Este aumento pode ser explicado pela desvalorização do real na dívida denominada em moeda estrangeira. A relação dívida líquida/EBITDA no 2T20 era de 3,2x, vindo de 2,7x no trimestre anterior e 1,5x no 2T19.
Nossa recomendação para PETR4 é de Compra com Preço Justo de R$ 26,00 (potencial de alta em 26%). Em 2020, esta ação caiu 33,3%, mais que o Ibovespa, cuja queda foi de 14,8%. A cotação de PETR4 no último pregão (R$ 20,13) estava 35,6% abaixo da máxima alcançada em 2020 e 85,5% acima da mínima.