O ano de 2020 foi mais uma vez extremamente positivo para uma das maiores fabricantes de armas do mundo, a Taurus. A empresa finalmente apresentou um patrimônio líquido positivo e a cada trimestre os recordes em todos os indicadores operacionais se sucederam.

A produção industrial se manteve em ritmo crescente, de modo que a Taurus chegou no último trimestre do ano com média de produção, considerando as fábricas do Brasil e dos EUA, de 8.200 armas/dia e o total de 1,6 milhão de armas produzidas em 2020. Com a demanda aquecida em seus principais mercados, Brasil e EUA, a companhia atingiu a marca de 1,8 milhão de armas vendidas, o que proporcionou receita de R$ 1.773,2 milhões e aumento de 77,4% em relação a 2019, que já tinha sido um ano de resultados fortes para a Taurus.

O crescimento da receita foi acompanhado de ganho de rentabilidade, a partir da firme gestão de custos e despesas, levando ao recorde também no lucro bruto, na margem bruta, no Ebitda e em sua margem. A empresa encerrou o ano de 2020 com lucro líquido de R$ 263,6 milhões, o que permitiu reverter a posição de patrimônio líquido negativo que se mantinha na Taurus desde 2015. É um primeiro passo na direção de voltar a remunerar os acionistas com o pagamento de dividendos. E isso em apenas três anos a partir do choque de gestão na companhia, prazo bem mais curto do que se podia esperar.

A nova gestão na Taurus teve início em 2018, com foco em um objetivo claro: recuperar o equilíbrio da empresa. Essa fase foi cumprida com sucesso. Os indicadores operacionais atingiram níveis sem precedentes para a Taurus e a questão do endividamento, que era um aspecto sensível, foi plenamente equalizada, com a razão de alavancagem dívida líquida/Ebitda saindo de 11,2 em 2018 para 1,7 ao final de 2020. Essa evolução se deve também, em grande parte, à visão estratégica do controlador em realizar uma operação de aumento de capital. Em 2020, foram capitalizados mais de R$ 40 milhões em exercícios dos bônus de subscrição, sendo que R$ 33,8 milhões foram realizados pelo controlador, parcela equivalente à 84,5% do total.

A companhia passou por mudanças profundas e definitivas. Hoje a Taurus tem a maior margem bruta entre as empresas de armas que divulgam seus resultados. A empresa se preparou para isso e tem, atualmente, o menor custo de produção, de modo que a margem bruta em 2020 foi de 42,6%, enquanto Ruger e Smith & Wesson – empresas do setor listadas em bolsa nos EUA – registraram margens, considerando os últimos 12 meses divulgados, de 33,7% e 39,6%, respectivamente. A Taurus é também a melhor empresa mundial do setor em termos de crescimento e de conquista de mercado.

A Taurus está em uma situação muito favorável em seu segmento de mercado desde o ano passado, com demanda em alta em seus dois principais mercados – Brasil e EUA. O mercado norte-americano cresceu muito em 2020 e mantém essa tendência. Considerando os dados de intenção de compras do NICS (National Instant Criminal Background Check System), as consultas realizadas para a compra de arma nos meses de janeiro e fevereiro de 2021 nos EUA somaram 3,4 milhões, um número histórico, sem precedentes para igual período.

Segundo pesquisa realizada no mercado norte-americano, 20 milhões de pessoas nesse país pretendem comprar sua primeira arma em 2021. E a Taurus é a primeira opção do consumidor que busca sua primeira arma de uso pessoal, em função da resistência, confiabilidade de funcionamento, custo x benefício e disponibilidade do produto. A marca hoje é a quarta mais vendida nos EUA e, se considerarmos as marcas de armas importadas no mercado norte-americano, desde 2019 é líder de vendas.

A companhia está com mais de um ano de produção futura vendida, com back orders de 2,3 milhões armas, o que permite o aumento das vendas em pelo menos 30% e do Ebitda em 2021 em relação ao resultado de 2020.

As unidades da Taurus no Brasil e nos EUA estão trabalhando intensamente e se preparando para aumentar ainda mais a produção, de modo a acompanhar o crescimento da demanda. O ritmo de produção da fábrica no Brasil atualmente é de cerca de 6 mil armas/dia, o que representa produção de 1,1 milhão armas/ano. Nos EUA, a expectativa é que em 2021 a produção também já se aproxime da capacidade plena de produção de cerca de 800 mil armas no ano. Isso somaria 1,9 milhão de armas produzidas. Mas a meta da Taurus é alcançar, ainda em 2021, a produção histórica de 2 milhões de armas.

Um possível limitador para seguir aumentando a produção poderia ser o fornecimento de matérias primas, já que, atualmente, há uma crise de abastecimento desde embalagens até commodities. Para evitar qualquer gargalo nesse sentido, a empresa alugou um galpão próximo da fábrica de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, para estoque de matérias primas, itens que são demandas mundiais. Assim, a fabricante tem garantido, e pretende manter esse padrão no decorrer do ano, um estoque de no mínimo três meses para as principais matérias primas, de forma a assegurar que não haja problemas para entregar seus produtos ao mercado.

Mesmo com todos os resultados positivos e excelente perspectiva, a companhia não se acomoda e segue pensando à frente. Nos próximos cinco anos, a Taurus quer ser a maior fabricante de armas leves do mundo e está em plena atividade, se preparando para alcançar mais esse objetivo. “Vamos chegar lá com crescimento orgânico – o que envolve o aumento da produção, produtos que incorporam os anseios do consumidor e atuação em segmentos que não atuamos ainda, de maior valor agregado”, explica Salesio Nuhs, CEO Global da Taurus.

Um aspecto essencial no modelo de atuação e na visão de futuro da Taurus é o desenvolvimento de novos produtos. A empresa investe muito em pesquisa e desenvolvimento de modo a oferecer ao mercado produtos que atendam aos anseios do consumidor. Aspecto chave para isso é o CITE – Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil/EUA, no qual foi unificada a engenharia dos dois países, sob coordenação do Brasil. “É uma prioridade manter esse CITE atuante e extremamente vigilante em relação às demandas do mercado, de modo que possamos responder ao consumidor apresentando novidades que tragam sempre a resposta a essas demandas”, afirma Nuhs.

Fruto do trabalho que vem sendo realizado pelo CITE é a GX4, pistola com previsão de lançamento no Brasil e nos EUA em abril. A arma será montada nos EUA e importada para o Brasil de modo que seja possível disponibilizar o lançamento também para o consumidor brasileiro, já que a homologação de novos modelos no país é bastante demorada. Essa pistola, quarta geração da família G, incorpora muita inovação, e vai além de uma evolução em relação aos modelos anteriores. É um produto novo, que coloca a empresa em um segmento de mercado no qual a Taurus não atuava, de pistolas micro compactas, e que incorpora maior valor agregado.

Também de importância estratégica no planejamento traçado para os próximos cinco anos é o condomínio industrial, que começou a ser construído em dezembro e deve estar concluído em setembro 2021, com início de operação em janeiro de 2022. Essa ampliação do complexo industrial trará seis grandes fornecedores da Taurus para dentro do complexo industrial, entre eles a joint venture de carregadores, que vai entregar os produtos já auditados e aprovados pela equipe de recebimento e qualidade direto na linha de produção da Taurus, por meio do trem logístico. Isso vai proporcionar importante ganho em termos de garantia de abastecimento, qualidade, logística e custo.

Outro desafio será a implementação das duas joint ventures, a de carregadores, que já iniciou a produção na fábrica da Joalmi em Guarulhos (SP), e a fábrica na Índia. A questão dos carregadores é muito estratégica, pois são muito poucas as fábricas de carregadores no mundo. Esse item que hoje a Taurus importa, passará a ser produzido localmente, dentro de suas instalações, e além de atender as necessidades da empresa, passará também a abastecer o mercado consumidor, abrindo as portas para a Taurus nesse importante mercado de reposição antes do que originalmente previsto. Com relação à fábrica de armas na Índia, em joint venture com o Jindal Group, questões internas no país asiático, além das adversidades criadas pela pandemia de Covid-19, causaram atraso no andamento do projeto.

Mesmo enfrentando os percalços representados pela pandemia de Covid-19, a Taurus avançou muito em 2020. Em março, no início da pandemia no Brasil, a companhia criou um comitê permanente para gestão dos assuntos relacionados a Covid-19 e isso contribuiu para que a empresa pudesse manter o planejamento e as operações com ritmo vigoroso e, ao mesmo tempo, zelar pelos funcionários e contribuir com a sociedade nos cuidados com relação à pandemia. “Os resultados que estamos agora apresentando do exercício de 2020, assim como a manutenção da saúde de nossos colaboradores, são dois fatos que igualmente nos enchem de orgulho. Seguimos entusiasmados com o que há por vir na Taurus, pois estamos prontos para novos avanços. Agradecemos a toda a equipe da Taurus, no Brasil e nos EUA, que com sua incansável dedicação nos permitiu ter tanto a comemorar”, ressalta Nuhs.

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