A empresa disse em teleconferência com analistas, em 31 de março, que cumpria os limites de nível de endividamento (dívida líquida / EBITDA) determinados em contratos de financiamento e de emissões de debêntures.

Porém, com a crise, a companhia decidiu pedir o chamado “waver” (perdão) aos credores, pois descumprirá os índices.

Segundo o vice-presidente financeiro e administrativo, a Marisa vinha numa recuperação de seu EBITDA, mas acredita agora que o índice poderá ficar negativo por um ou dois períodos.

Os covenants definem obrigações que não podem ser descumpridas pelos devedores, como aumentar acima de certo patamar a relação dívida líquida e EBITDA ou mudar o quadro societário, caso contrário, pode executar a dívida antecipadamente.

A relação dívida líquida e EBITDA da Marisa estava em 3,3 vezes em março (um ano antes atingia 1,5x). Porém, os contratos atuais exigem que esse limite fique abaixo de 3,5x, o que não ocorrerá.

Dessa maneira, a Marisa passou a prever descumprimento de índices financeiros em contratos de dívidas e abriu negociação com bancos.

Impacto: Negativo. Dado o cenário negativo para as varejistas, a Marisa não conseguirá cumprir seus contratos e terá que renegociar suas dívidas com o setor financeiro.

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